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Mergulho na Billings traz riscos à saúde
Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
31/12/2010 | 07:26
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André Henriques/DGABC


Diarréia e vômitos. Esses são os sintomas mais comuns que uma pessoa pode desenvolver após nadar em água contaminada por bactérias. Mas não são os únicos males a que os banhistas da Prainha do Riacho Grande estão sujeitos enquanto a área for considerada imprópria para banho pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Segundo o infectologista José Ribamar Branco, as doenças de pele também são comuns em pessoas que entram em contato com águas poluídas. "Além disso, pode haver outros tipos de contaminação por produtos químicos, despejados sem tratamento adequado no reservatório", destacou.

A maioria dos banhistas que se diverte na represa são crianças, que passam longas horas em contato com a água contaminada. Branco afirmou que elas são mais sensíveis às doenças. "O tempo de exposição às bactérias aumenta o risco de contaminação", alertou. O excesso de pessoas nas águas da Billings também pode contribuir para ampliar o risco à saúde, já que algumas fazem suas necessidades fisiológicas na represa.

PERIGO
A preocupação maior é com doenças como a salmonela, que pode causar morte por desidratação, principalmente em crianças. A bactéria é eliminada junto com as fezes e pode contaminar o solo e a água. Os sintomas se parecem com os de uma virose comum: diarréia, dor abdominal, febre, dor de cabeça, mal-estar, desidratação e calafrios, o que pode dificultar o diagnóstico.

O tratamento da infecção é feito com hidratação por meio de soro oral. Em alguns casos, também são utilizados antibióticos.

A indicação do infectologista é que as pessoas evitem nadar em locais avaliados como ruins por órgãos ambientalistas, a exemplo do que ocorre na Prainha do Riacho Grande. "A melhor maneira de prevenir é evitar o contato com locais que estão poluídos", ensinou.

 Litoral também tem praias inadequadas para banhistas

 As praias do litoral paulista também foram avaliadas pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo)e 30 delas, em sete municípios, foram consideradas impróprias para banho.

No Litoral Sul, metade das 12 praias monitoradas na cidade de Praia Grande está contaminada: Vila Mirim, Real, Maracanã, Flórida, Ocian e Jardim Solemar. Em Santos, três das sete praias que passaram pelo teste da Cetesb estão impróprias: Boqueirão, José Menino e Gonzaga.

As praias Milionário, Gonzaguinha e Prainha, em São Vicente, também tiveram excesso da bactéria E.coli e receberam bandeira vermelha da Cetesb. No Guarujá, apenas Perequê não é indicada para a diversão dos banhistas.

No Litoral Norte, Prainha, Cigarras e Pontal da Cruz estão impróprias para banho em São Sebastião. Em Ilha Bela, Armação, Portinho e Ilha das Cabras devem ser evitadas. Das 15 praias de Caraguatatuba, sete estão contaminadas: Tabatinguá, Prainha, Centro, Palmeiras, Martins de Sá, Indaiá e Porto Novo. Em Ubatuba, os banhistas não devem se arriscar nas praias de Itaguá, Itamambuca, Perequê-Mirim e Enseada.




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