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Região ganha petroquímica com faturamento de 9 bilhões
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/06/2008 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


A Unipar, companhia que é dona de várias indústrias do Pólo Petroquímico do Grande ABC, formalizou ontem, em parceria com a Petrobras, a criação de um nova empresa, a Quattor, que nasce como a segunda maior petroquímica do País, atrás apenas da Braskem.

O surgimento da nova gigante do setor, que tem 60% de participação acionária da Unipar e 40% da Petrobras, reforça perspectivas de novas ampliações das fábricas do Pólo, o que, por sua vez, deve favorecer o desenvolvimento e a geração de empregos em empresas ligadas ao segmento - as fabricantes de embalagens e peças de plástico - nos sete municípios.

A expectativa de um novo ciclo de investimentos no setor petroquímico da região - as fábricas do Pólo já investem juntas cerca de R$ 2 bilhões em expansões, que estão em andamento - se dá, entre outros fatores, em função do porte da nova companhia.

A Quattor surge da união das operações no Grande ABC da Petroquímica União, Polietilenos União e da Unipar Divisão Química, controladas pela Unipar, e da Suzano Petroquímica, adquirida no ano passado pela Petrobras. Além disso, foi incorporada a Rio Polímeros (sediada no Rio de Janeiro), na qual a Unipar e a Suzano detinham expressiva participação.

Com todas essas empresas integradas, a gigante nasce com um faturamento da ordem de R$ 9 bilhões ao ano e com uma capacidade de produção de 2,8 milhões de produtos petroquímicos básicos e de 1,9 milhão de resinas (matéria-prima para a fabricação de embalagens e peças de plástico).

Devido à maior escala (tamanho de produção), a companhia poderá otimizar custos - mas a direção da empresa afirma que não haverá demissões -, ganha fôlego para investir na atividade e passa a ter melhores condições de competir com grandes concorrentes mundiais.
Além do potencial dado pelo seu porte expressivo, o presidente da Quattor, Vítor Mallmann, afirma que a empresa estuda, de fato, a possibilidade de duplicação da fábrica da Petroquímica União.

Representantes de trabalhadores, de entidades e de parlamentares da região acompanharam o evento de lançamento da companhia, ontem, com a expectativa de que esse estudo de expansão da PQU deixe o terreno das possibilidades e se efetive.

Para o diretor do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Márcio Chaves, as perspectivas de desenvolvimento regional são favoráveis devido à intenção manifestada de que haja novas ampliações.

Já o Sindicato dos Químicos do ABC pretende se reunir com a nova companhia, que terá sede no Rio de Janeiro, para debater novos projetos de investimento. "Queremos iniciar um debate para atender às necessidades na cadeia produtiva e gerar empregos significativos", disse o presidente da entidade, Paulo Lage.




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