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Celebridades gastam milhões com seguro do corpo
Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
23/05/2011 | 07:00
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Celebridades, cantores e artistas que temem muito por seus bens mais preciosos - o que os faz ganhar dinheiro - gastam milhares de reais em seguros para proteger suas pernas, bumbuns, seios e até as próprias mãos.

No Brasil, entre os casos mais conhecidos estão os das dançarinas Carla Perez e Renata Frisson, conhecida como Mulher Melão, da atriz Cláudia Raia e do apresentador Cid Moreira.

Carla Perez foi uma das primeiras a fazer o seguro de seu bumbum, avaliado em R$ 2 milhões. "O valor a ser pago por ela era de R$ 29 mil em diversas parcelas, mas ela desistiu de pagar até o fim", revela o vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo, Leôncio Arruda.

Ele conta também que a apólice das pernas da Claudia Raia foi paga por meio de permuta de publicidade. "Como não existe uma massa que faz esse tipo de seguro, como acontece com o de automóveis, ele não é vantajoso às seguradoras. Elas então fogem do risco. Por isso, é algo que não está em seus porfolios de produtos, tendo de ser submetido à análise prévia."

Geralmente, diz Arruda, uma cobertura dessas custa entre 2% e 10% do valor assegurado. Para as pernas do jogador de futebol Cristiano Ronaldo, por exemplo, que ganharam seguro de cerca de R$ 229 milhões, podem ter sido pagos até R$ 22,9 milhões.

É evidente que se esse tipo de apólice, que nada mais é do que uma cláusula do seguro de vida, for feita para uma pessoa comum, o valor cai bastante. O advogado Homero Minhoto, vice-presidente jurídico da Academia Nacional de Seguros e Previdência, conta que sairia cerca de 30% mais caro que um seguro de vida comum. "Considerando um perfil de uma pessoa com 35 anos, em que o seguro fosse de R$ 200 mil, seriam pagos, anualmente, em torno de R$ 300", explica. Especificando um órgão ou membro, portanto, custaria por volta de R$ 400.

ELETRÔNICOS - O que há alguns anos parecia inviável, hoje, graças à evolução da tecnologia, que movimenta o mercado de eletrônicos, tornou-se acessível. Trata-se do seguro para smartphones, iPhones, iPads, notebooks e GPSs, que inclui a cláusula de roubo.

A apólice, comercializada pela Porto Seguro, custa cerca de 14% do preço do aparelho. No caso de GPS, o percentual cai para 6,5% do valor. Para um iPhone, por exemplo, que custe R$ 1.500, o seguro sai por R$ 210 por ano. Para um notebook, avaliado em R$ 2.500, cobra-se R$ 350.

"A apólice garante contra danos de causa externa, como acidentes, roubos e furtos. Não garante, porém, se o objeto for deixado no carro e, então for roubado. Tem que estar com a pessoa ou em casa", explica o coordenador de ramos elementares, Marcelo Santana.

Para ele, algo que ajuda a justificar o acesso à cobertura é também a diversificação dos canais de venda. "É comum, ao comprar um desses itens, o vendedor oferecer o seguro, que pode ser pago junto com as parcelas, do mesmo modo que a garantia estendida."




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