Se atendidos, servem como moeda de troca na eleição. O parlamentar fará questão de lembrar o munícipe atendido sobre o caso que ajudou a resolver. Em São Bernardo, o departamento de trânsito organiza as solicitações em caixas. Cada um dos vereadores da base de sustentação possui um arquivo específico. A deputada Ana do Carmo também tem seu espaço por lá. Até o ex-parlamentar e hoje subprefeito de Riacho Grande, Wagner Lino, possui uma pasta só dele. Até aí, tudo normal, pois são lideranças que compõem o grupo de apoio do prefeito Luiz Marinho (PT). Porém, nomes estampados em ao menos duas caixas chamam a atenção. São os dos vereadores Hiroyuki Minami (PSDB), Osvaldo Camargo (PPS) e Marcelo Lima (PPS). Teoricamente, são oposicionistas. São dos dois partidos contrários à gestão petista. Muita gente deve estar se perguntando o porquê do trato diferenciado dado aos três parlamentares. Significa que são considerados governistas pelo Paço? Se a resposta for negativa, indaga-se, por outro lado, por que o governo Marinho não dá o mesmo tratamento a outros parlamentares de oposição, como Juarez Tudo Azul (PSDB) e Pery Cartola (SD), por exemplo, não têm pastas com suas demandas no departamento. Vai dar nó no trânsito entre o Executivo e o Legislativo.

Confusão
Candidato a deputado estadual derrotado, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), de Mauá, esteve envolvido em confusão com apoiadores do PSDB que faziam campanha ontem na região central da cidade. Dizem que o tumulto não começou com os tucanos, mas com um colaborador de sua campanha que cobrava pagamento atrasado.

Em família
Ex-vereador e ex-prefeito de Mauá, Diniz Lopes (PR) esteve ontem na sessão da Câmara. Logo no dia em que seu irmão, o parlamentar Manoel Lopes (DEM), se ausentou para evitar questionamentos sobre processo de cassação de seu mandato – Justiça determinou recentemente extinção de seu diploma de vereador e ele perderá a cadeira nos próximos dias. “Câmara perde qualidade no debate”, lamentou Diniz.

Inversão
Secretária de Orçamento e Planejamento de São Bernardo, Nilza de Oliveira (PT) ficou furiosa com o vazamento de e-mail em que determinou cancelamento de folgas e férias em outubro, para servidores se dedicarem à campanha. Especialistas falam em coação. Mas ela não está preocupada com isso. Quer saber quem roeu a corda com o governo.