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Como o peixe respira debaixo d'água?
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
21/02/2010 | 07:02
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A maioria dos peixes não tem pulmões, como os mamíferos. Para respirar, utiliza as brânquias, órgãos que ficam escondidos ao lado do corpo, próximos à cabeça. São formadas por delicadas camadas de membranas.

Também conhecidas como guelras, retiram o oxigênio da água, que é absorvido pelo sangue e levado às células do corpo. Ao mesmo tempo, eliminam o gás carbônico, como nós fazemos ao respirar.

Os peixes não são os únicos a ter brânquias. Grande parte dos girinos (fase em que anfíbios são larvas) também respira por elas. O axolote, espécie de salamandra mexicana, possui três pares de guelras externas na vida adulta, por isso passa o tempo submerso.

As brânquias só funcionam dentro da água. Quando o peixe é retirado de seu habitat, elas se grudam, não permitindo que o oxigênio passe pelo órgão. A poluição também dificulta a respiração do bicho, pois deixa rios e mares com pouco oxigênio.

DIFERENTES - Nem todos os peixes têm brânquias. Poucas espécies, como pirarucu, piramboia e bagre-andador, possuem pulmões semelhantes ao nosso. Assim, são obrigados a subir à superfície para pegar ar. Se não fizerem isso, podem se afogar. Já imaginou? Mas nem por isso podem viver na terra!

Tira soneca e faz xixi

Peixe não dorme como os humanos. Apenas descansa, permanecendo quase imóvel. Só as nadadeiras fazem pequenos movimentos para manter o equilíbrio na água. Como não tem pálpebras, fica sempre de olhos abertos. Algumas espécies preferem cochilar de dia e outras, à noite. Durante a soneca, alguns se escondem para não facilitar o ataque de predadores. Há ainda os que se aconchegam no fundo dos rios ou mares.

Os peixes também fazem xixi. Assim, como nos humanos, os rins são os órgãos responsáveis por filtrar o sangue para retirar impurezas, produzindo a urina.

Tem mamífero na água

Tem bicho que parece peixe, mas não é. É o caso de baleias, golfinhos e botos. Todos são mamíferos aquáticos, respiram pelos pulmões e amamentam os filhotes. Por isso, apesar de permanecerem muito tempo no fundo do mar ou do rio, precisam subir à superfície para pegar ar.

É nesse momento que soltam o borrifo, quando o ar que estava nos pulmões sai. A baleia cachalote, por exemplo, pode ficar lá embaixo por mais de uma hora. Golfinhos e botos ficam submersos por 15 minutos.

O peixe-boi também faz parte dessa turma. É o único mamífero aquático herbívoro e o mais ameaçado de extinção no Brasil. Pode ficar até cinco minutos embaixo da água. É encontrado nos rios Amazonas e Orinoco (no Peru).

Onde conhecê-los

- Quer conhecer várias espécies de peixes? A Sabina Escola Parque do Conhecimento (Rua Juquiá, tel.: 4422-2001), em Santo André, tem aquário de água salgada, no qual vivem casal de tubarão-lixa, garoupas, moreias, arraias, entre outros. Fica aberta ao público no fim de semana e feriado, das 9h às 17h30 (a bilheteria fecha às 16h). Ingresso: R$ 5 a R$ 10. Grátis para quem estuda nas escolas municipais da cidade ou tem menos de 5 anos.

- No Aquário de São Paulo (Rua Huet Bacelar, 407, Ipiranga, na Capital, tel.: 2273-5500) é possível conferir um monte de espécies, inclusive amazônicas. Tem ainda tubarões e arraias. Funciona de segunda a domingo, das 9h às 18h. Ingresso: R$ 15 a R$ 30. 




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