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Marina Silva faz caminhada no Rio
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28/09/2009 | 07:00
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O pretexto era a Conferência de Copenhagen, em dezembro, e a posição que o Brasil deve assumir no encontro sobre o clima. Mas o tom da caminhada na orla da zona sul, em um domingo de sol, com a participação da senadora Marina Silva (PV-AC), foi o de campanha eleitoral.

Quase o tempo todo cercada por cordão de isolamento, Marina foi abraçada por militantes, fotografada, distribuiu beijos e abraços e foi saudada aos gritos de "Brasil urgente! Marina presidente!". Palavra de ordem resgatada da primeira campanha eleitoral de Lula para a Presidência, em 1989.

Foi preciso que o vereador Alfredo Sirkis interrompesse a caminhada e lembrasse que fiscais do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) acompanhavam o ato "à espera de um mal passo". Não surtiu grande efeito: os manifestantes passaram a gritar "Brasil no clima, junto com Marina".

A senadora defendeu posição mais firme do Brasil a respeito da redução da emissão de gases do efeito estufa e evitou falar da campanha. Se apresentou como "pré-candidata prioritária" do PV. "Filiei-me a um partido que honrosamente me deu esse lugar de pré-candidata prioritária. E eu me sinto honrada com esse lugar. Obviamente que as instâncias partidárias irão tomar essa decisão em 2010 e todo nosso esforço agora vai ser no sentido de darmos conteúdo, a forma ao processo daquele que será o plano de governo", disse.

Evento - A caminhada reuniu cerca de 500 pessoas, que levaram duas horas para percorrer o calçadão do Leblon, Ipanema e Copacabana. Foi a primeira grande exposição da senadora depois de sua saída do PT.

Ela já havia participado de eventos semelhantes em Manaus (AM), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC). "Temos tido acolhimento muito grande da ideia de o PV ter uma candidatura própria", afirmou.

O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) desconversou ao ser perguntado se o evento na orla carioca era uma tentativa de aumentar a exposição da senadora, que estaria em desvantagem em relação a outros pré-candidatos, como a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). "Não pensamos nisso (aumentar a exposição). Sinceramente, damos muita importância ao aquecimento global", afirmou o verde.




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