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Formatação da executiva já divide o PT de S.Bernardo

Limite de integrantes na direção municipal esquenta clima; Brás e Salatiel duelam

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
03/12/2013 | 07:00
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Brás Marinho ainda não assumiu o comando do PT em São Bernardo, mas já tem a primeira tarefa indigesta pela frente: definir a composição da executiva sem entrar em atrito com o grupo político que o apoiou na vitória no PED (Processo de Eleição Direta).

Reunião será realizada hoje à noite na sede do partido, para evitar que as rusgas que se afloraram nos bastidores não comprometam o mandato de Brás.

O imbróglio foi desencadeado porque a corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), que elegeu o irmão do prefeito Luiz Marinho (PT), cogita deixar a executiva municipal com 11 integrantes. Atualmente a direção é composta por 13 pessoas.

O Estatuto do PT versa que a direção do partido deve ser formada no mínimo por seis integrantes, ou 1/3 do diretório, que em São Bernardo possui 44 integrantes. Assim, a executiva deve ter no máximo entre 14 e 16 nomes.

Seguindo os critérios de proporcionalidade após o resultado do pleito interno, entretanto, a executiva teria o seguinte formato, como 12 nomes: CNB (oito), Articulação de Esquerda (um integrante), CAPT (Coletivo Ampliado do PT, um participante) e o grupo do atual mandatário petista local, Wanderley Salatiel, teria dois nomes na composição.

Com a composição que vem sendo costurada, com 11 integrantes, a única mudança seria no bloco de Salatiel, que teria apenas um representante. O atual mandatário foi um dos principais críticos da interferência do governo Marinho no PED. O chefe do Executivo chegou a se reunir com os funcionários comissionados do Paço filiados ao PT, orientando-os a votar em seu irmão.

Brás Marinho negou qualquer ingerência nas discussões sobre a executiva. “Esse processo será discutido amanhã (hoje). Por enquanto, não há nenhuma definição.”

Salatiel adotou discurso diplomático, mas ressaltou que espera que a definição seja democrática. “Espero que todas as forças com representação no partido sejam representadas”, disse.

Se a formatação ficar com 11 nomes, o próximo presidente do PT, que toma posse na quinta-feira, terá carta branca para decidir o futuro da sigla, que implica na disputa eleitoral ano que vem e na sucessão de Marinho em 2016.




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