O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), deu ultimato a integrantes de seu primeiro escalão com vontade de se candidatar no pleito do ano que vem: interessados em figurar nas urnas em 2014 terão de entregar o cargo até 31 de dezembro. O recado foi claro ao secretário de Educação, Marcos Michels (PV), que nos bastidores costura empreitada a deputado federal sem consentimento do chefe do Executivo.

Durante a tradicional reunião de terça-feira com o secretariado, o verde colocou à mesa a condição de apoio da administração no pleito do próximo ano. Apenas o assessor especial Adler Kiko Teixeira (PSC), ex-prefeito de Rio Grande da Serra, se manifestou, informando oficialmente que vai se licenciar da vaga no dia 31 para, com aval irrestrito de Lauro, tentar cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Marcos Michels não se pronunciou no encontro, assim como Márcio da Farmácia (PV), secretário de Obras e que também nutre desejo de concorrer à vaga na Câmara Federal. “Quem não se licenciar (até dia 31) pode até ser candidato, mas não terá ajuda nenhuma do governo”, sentenciou o prefeito.

Lauro nunca escondeu a insatisfação ao ver que Marcos – seu primo – era defendido por integrantes até do primeiro escalão para brigar por vaga no Congresso. Formou-se grupo no secretariado que defendeu uma candidatura do governo municipal a deputado federal, a despeito da vontade do chefe do Executivo de unir forças para que Kiko triunfe nas urnas em 2014.

A diferença de opiniões resultou, inclusive, em discussão acalorada entre Marcos e Lauro no mês passado, pois o prefeito, em reunião com comissionados, criticou a postura do secretário de Educação, dizendo que Marcos apenas se elegeu vereador (se licenciou para integrar o primeiro escalão) às suas custas.

Para candidaturas estaduais, o governo Lauro vai se desdobrar em apoios. Dois nomes serão os principais da administração: os já deputados Orlando Morando (PSDB) e Regina Gonçalves (PV).