A nata do choro nacional estará reunida nesta sexta-feira, no Teatro do Sesc Santo André, a partir das 21h, para a apresentação de Altamiro Carrilho. O espetáculo será precedido pelo show do grupo Época de Ouro. Os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 14.

Considerado pela crítica especializada como um gênio da flauta transversal, Altamiro registrou cerca de 100 gravações e 200 composições ao longo de pelo menos 60 anos de carreira. Aos 5 anos o músico já dava sinais de sua habilidade invejável quando brincava com uma flauta de bambu fabricada por ele próprio.

A projeção internacional veio na década de 60, com as inúmeras apresentações que realizou. A partir daí, conquistou prestígio, tornando-se um dos flautistas mais requisitados, como solista e acompanhante. Atualmente ele se divide entre shows com seu conjunto de choro e as parcerias com orquestras sinfônicas pelo Brasil.

Um dos grupos mais tradicionais do país, o Época de Ouro foi formado na década de 60 por Jacob do Bandolim. Naquele período, em que a bossa nova era a nova febre nos meios de comunicação, o conjunto foi o símbolo da resistência do choro, participando de diversos espetáculos e gravando discos, entre eles, Vibrações, premiado como o melhor álbum instrumental de 1967.

No show de sexta-feira, após os 30 minutos iniciais, o Época de Ouro convidará Altamiro, para tocarem juntos um sucesso em comum: Desvairada, valsa tocada com movimentos de rapidez alucinante e que costuma arrancar aplausos do público, em especial para os músicos do cavaquinho e do violão.

Léo Maia - Esta sexta-feira também é dia de black music. Às 20h, no palco do Sesc São Caetano, o músico Léo Maia, filho de Tim Maia, mostra um pouco do talento e a irreverência herdados do pai, durante o projeto Panorama MPB, que traz ao público a diversidade da música popular brasileira. O preço dos ingressos varia de R$ 4 a R$ 10. No repertório, músicas do primeiro CD de Léo, Cavalo de Jorge, que traz faixas como o samba-funk Samba Bem, Ficar Nu, Soul Plebe e Doidão, além de canções do "síndico", entre elas Primavera, Festa de Santo Reis e Azul da Cor do Mar.

Léo Maia é fluminense de Campos. No início da década de 90 foi morar na casa do pai, quando passou a ter um contato mais próximo com a música e com artistas de expressão. Foi nessa época que aprendeu a tocar violão e fez cursos de canto com músicos de prestígio como Jorge Ben Jor.