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Apnéia e ronco também merecem atenção
Christiane Ferreira
Do Diário do Grande ABC
21/02/2003 | 19:27
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Depois da insônia, o ronco e a apnéia estão em segundo lugar em ordem de importância para a ocorrência dos distúrbios do sono. Se no caso da primeira, a incidência é maior em mulheres, na segunda acontece o contrário. Depois dos 40 anos, o ronco atinge 36% dos homens e 24% de mulheres.

Segundo Ricardo Castro Barbosa, cirurgião dentista especialista em distúrbios do sono do Instituto do Sono do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP de São Paulo e Ribeirão Preto, o ronco e a apnéia andam juntos, mas são diferentes. “O ronco é o estreitamento da passagem de ar na via aérea, na altura do fim do céu da boca, também chamado de palato mole”, afirma. Os motivos para o problema, geralmente, são excesso de peso, palato mole longo, língua volumosa, queixo para trás ou tumores (em casos mais raros). As conseqüências do ronco são irritação na garganta e problemas sociais.

A apnéia obstrutiva do sono é a parada respiratória ocasionada pelo fechamento da mesma região, que fica estreitada ou porque a língua ou o palato mole encostam na garganta fechando a passagem de ar. Especialistas afirmam que o ronco é sempre um sinal de que há apnéia. As conseqüências dela a longo prazo são hipertensão arterial crônica; doenças cardiovasculares, como infarto ou AVC; problemas psiquiátricos, como depressão e baixa auto-estima; e memória e concentração prejudicadas.

Tratamentos – Assim como a insônia, o diagnóstico é feito por meio da polissonografia, que vai analisar quantas paradas respiratórias acontecem por hora durante toda noite. Os tratamentos podem ser perda de peso; aparelhos intraorais que posicionam as estruturas em volta das vias aéreas e têm o custo de R$ 600 a R$ 2 mil; Cpap (Continuous Positive Air Pressure), máscara nasal que libera ar comprido, e tem o preço de US$ 1 mil a US$ 5 mil; além de procedimentos cirúrgicos, que vão desde a remoção parcial ou total do palato mole até cirurgias mais complexas.




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