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Diadema e S.Bernardo: usuário só encontra camisinha no Centro
Por Artur Rodrigues e
Renata Gonçalez
Do Diário do Grande ABC
04/12/2004 | 11:24
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Os usuários da rede pública de saúde de São Bernardo e Diadema só encontram preservativos nos centros de referência em DST/Aids localizados na região central das cidades. Os moradores são obrigados a se deslocar do bairro onde residem por não ter o serviço disponível na unidade de saúde mais próxima. Nas outras cidades da região, é possível retirar preservativos em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde).


O motivo da restrição é diferente nas duas cidades. Em São Bernardo, a distribuição das camisinhas não é feita nas UBSs por um critério administrativo. Na condição de usuário comum, a reportagem do Diário solicitou camisinhas em três unidades de São Bernardo. Os funcionários informavam que os preservativos "só poderiam ser retirados na UBS Central", onde funciona o Coas (Centro de Orientação e Apoio Sorológico).


Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, isso ocorre para que o usuário receba informações gerais sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. A assessoria disse ainda que um lote com 44 mil preservativos é destinado todos os meses às UBSs de bairros para programas específicos, como o de planejamento familiar. Já o montante enviado pelo Ministério da Saúde varia entre 40 a 60 mil, de acordo com as campanhas realizadas no município.


Em Diadema, a situação é diferente. Os preservativos estão "em falta" nas unidades de saúde, de acordo com funcionários de três UBSs que a reportagem procurou. A orientação era para que o interessado se dirigisse ao Centro de Referência em DST/Aids da rua Felipe Camarão, no Centro de Diadema.


A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o problema ocorreu porque o Ministério da Saúde não entregou o lote com 35 mil camisinhas esperado no mês passado. Assim, ficou definido que as 30 mil unidades compradas pela Prefeitura seriam distribuídas somente no Centro de Referência.


O Ministério da Saúde informou que houve atraso no processo de licitação para a compra de camisinhas, problema que desde esta sexta estaria normalizado com o encaminhamento de 15 mil unidades à Prefeitura de Diadema.


Mesmo com a falta de preservativos, o cabelereiro Bete, 52 anos, não teve dificuldade em conseguir 60 preservativos no Centro de Referência da cidade. "Hoje em dia não existem desculpas para não se cuidar. E as camisinhas são distribuídas de graça."




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