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INNOVA recebe R$ 325 mil da Finep
Ana Macchi
Do Diário do Grande ABC
04/12/2004 | 12:40
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A INNOVA, incubadora de Santo André, recebeu da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, incentivo de R$ 325 mil do PNI (Programa Nacional de Incubadoras), sendo R$ 285 mil direcionados à formação tecnológica de empresas incubadas na cidade e mais R$ 40 mil para investimentos em serviços operacionais. Na esteira dos recursos obtidos pela INNOVA, o Centro Universitário da FEI também espera no próximo ano obter junto à Finep recursos para apoio às empresas incubadas.

O valor total obtido pela INNOVA com a Finep equivale a aproximadamente um terço do orçamento previsto total para 2005, de cerca de R$ 1 milhão. Com a verba, a incubadora fará o maior investimento em formação empreendedora para negócios tecnológicos desde sua criação, há dois anos. Normalmente, o orçamento para a área é de R$ 120 mil, chegando agora a R$ 285 mil. "Como o dinheiro é obrigatoriamente direcionado para treinamento, poderemos usar nossos recursos em outras áreas, como a de consultoria", disse o coordenador da INNOVA pela Prefeitura de Santo André, Roberto Vasques. O convênio foi assinado nesta semana, com repasse aguardado para 2005.

Segundo ele, os cursos serão ministrados a partir do próximo ano por um conjunto de empresas de São Paulo e da região especializadas em gestão de inovação, projetos, negócios e Recursos Humanos. Os cursos também poderão ser feitos pela internet, caso os empresários não possam comparecer às aulas. Também participarão integrantes da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, da Fundação ABC e Prefeitura de Santo André, parceiras no projeto. As demais incubadoras (de Mauá e São Bernardo) também poderão participar dos treinamentos, pois a idéia é que as três troquem experiências.

Além da INNOVA, dez incubadoras do Estado dividiram verba adicional de R$ 476.058, o que resultou em R$ 40 mil para Santo André investir em aperfeiçoamento de seus serviços operacionais.

FEI - A partir do próximo ano, as três incubadoras da região e o Centro Universitário da FEI deverão lançar o Pólo de Desenvolvimento Tecnológico para apoio conjunto a empresas incubadas.

A universidade participa ativamente do cotidiano de seis empresas incubadas na região, oferecendo equipamento laboratorial, apoio tecnológico e acesso a análises a baixo custo, entre outros serviços. A parceria já revelou seu primeiro "filho": a Mesinger Vereinigung, de São Bernardo, empresa do ramo de resinas para tintas atóxicas. A proprietária da Mesinger, Priscila Pierina Paglioriti, disse que o apoio do Centro Universitário da FEI deu credibilidade à pequena empresa. A empreendedora tem formação química e já trabalhou numa multinacional, mas se afastou depois de uma intoxicação por solventes. Resolveu então pesquisar e apostar na área de tintas atóxicas. "Temos um concorrente, que é a Basf, porém temos a vantagem de personalizar pedidos de clientes", disse a empreendedora.

Embora a produção esteja prevista para começar em janeiro ou fevereiro, a Mesinger já tem oito clientes. A capacidade é de três toneladas de resina por dia. "Graças à parceria, não precisei montar um laboratório", completou.

O coordenador do programa universitário da FEI de apoio às incubadoras do Grande ABC, Luiz Carlos Bertevello, explica que a universidade gasta cerca de R$ 10 mil ao ano para incentivar pequenas e médias empresas. Este já é o segundo ano de parceria. "Temos cinco empresas nascendo a partir de trabalhos de professores daqui", disse. Entre os projetos, há iniciativas na área de tecidos de base vegetal, corantes naturais, energia e tratamento de efluentes. As empresas envolvidas economizam, em média, R$ 12 mil ao ano em ações bancadas pelo Centro Universitário.




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