Defensora de Lindemberg Alves Fernandes, Ana Lúcia Assad não se preocupa com o inquérito policial instaurado para apurar sua conduta durante o julgamento do assassino de Eloá Pimentel, no Fórum de Santo André em fevereiro. Polêmica, a advogada aproveita os minutos de fama e se declara pré-candidata a vereadora pelo PSB em Guarulhos, município onde mora e trabalha.

Na esfera judicial, o criminalista Antonio Ruiz Filho, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, entidade que representa a advogada, impetrou anteontem, no Colégio Recursal do Fórum de Santo André, o habeas corpus para o trancamento do inquérito policial. E também pedido de liminar para suspensão do andamento das investigações.

Até o fechamento desta edição, a liminar não havia sido julgada, segundo Ruiz Filho. O inquérito policial tramita há nove dias na Delegacia Seccional de Santo André.

"Agi em conformidade com a lei. Me sinto tranquila e segura. Aliás, faria tudo novamente", afirmou Ana Lúcia. Durante o julgamento, a advogada reagiu à declaração e disse que a juíza "deveria ler mais, voltar a estudar". O inquérito apura se houve crime contra a honra da magistrada.