Mãe de uma menina de 5 anos e um rapaz de 15, Edileuza estava se separando do próprio marido e já vivia apenas com os filhos no bairro Assunção. Montalvão, dono de uma fábrica de componentes mecânicos em Campinas, no interior, já havia tentado matá-la uma vez, de acordo com uma vizinha.
Segundo moradores da rua onde ela vivia, o casal havia se separado há alguns meses por causa das crises de ciúmes do empresário. “Da outra vez em que tentou matá-la, há alguns meses, ele chegou a apertar o gatilho da arma apontada para ela, mas a bala não saiu”, disse outra vizinha.
Sábado, perto das 20h30, o empresário entrou na reunião – termo utilizado por testemunhas de Jeová para definir seus encontros religiosos – e começou a discutir com Edileuza. De acordo com testemunhas, Montalvão estava bêbado.
Em seguida, os dois foram para a rua e os participantes da reunião ouviram a mulher gritar. Quando saíram, Edileuza estava morta e Montalvão estava prestes a dar um tiro na cabeça. Não houve tempo de socorrer o antigo casal. Na picape Pajero do empresário, a polícia encontrou o registro do revólver calibre 38 utilizado no crime.
No depoimento à polícia, o irmão de Edileuza confirmou que o empresário já a havia ameaçado, mas não deu informações sobre outra suposta tentativa de homicídio praticada por ele.
Edileuza foi sepultada domingo à tarde no cemitério Jardim das Colinas, em São Bernardo. Até o final da tarde, o corpo de Montalvão permanecia no IML (Instituto Médico Legal), à espera de familiares que providenciem seu enterro.
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