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Gaúcho polemiza e põe Mano em xeque

Ex-jogador de Flamengo, Palmeiras e Santo André segue afiado e diz não confiar no treinador

Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
23/04/2012 | 07:00
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Centroavante típico dos anos 1990, artilheiro por quase todos os clubes nos quais passou, o ex-jogador e atual fazendeiro Gaúcho, 48 anos, segue com a língua afiada, característica que o acompanha desde os tempos de atleta. Atualmente, por exemplo, acredita que o atual técnico da Seleção Brasileira Mano Menezes não tem capacidade para dirigir a equipe na Copa do Mundo de 2014.

"Tenho muitas dúvidas em relação ao Mano. Não sei se ele seria o técnico ideal para a Seleção na Copa de 2014. Prefiro o Muricy Ramalho."

Taxado de jogador polêmico, principalmente em sua passagem pelo Flamengo, Gaúcho descarta o rótulo, mesmo tendo sido alvo principal dos torcedores adversários em campo. "Nunca fui polêmico. Tinha meu jeito de ser. Prometia gols pra minha torcida, sem menosprezar os adversários. Construí minha carreira em cima dos gols que fiz."

No início de sua trajetória no futebol, Gaúcho defendeu o Santo André. O jogador veio ao Ramalhão em 1986, contratado junto ao XV de Piracicaba. Depois, foi negociado no mesmo ano com o Yomuri do Japão, voltou ao time do Grande ABC em 1987, mas não pôde ser inscrito no Campeonato Paulista. Por isso, foi emprestado ao Grêmio e, enfim, jogou novamente pela equipe andreense no segundo semestre.

"Tive ótima passagem no Santo André. Marquei gols e gostei muito da cidade. Na época, a força do clube era o Bruno Daniel, um baita estádio. Lá pude aparecer e ser contratado pelo Palmeiras", analisou o ex-centroavante.

Uma das histórias mais conhecidas envolvendo seu nome aconteceu durante a Copa União de 1987. Palmeiras e Flamengo se enfrentavam, quando o goleiro do Verdão, Zetti, teve de deixar o campo contundido. Como o time já havia feito as substituições permitidas, o atacante foi para o gol e virou herói na disputa por pênaltis, após defender as cobranças de Zinho e Aldair.

"Foi o jogo onde pude aparecer nacionalmente. Naquela época, poucas partidas eram televisionadas. Mas essa passou para o Brasil inteiro, ficaram me conhecendo em todo lugar. Foi um boom na minha carreira", recordou Gaúcho.


Ex-atleta compara quedas à falta de manutenção do elenco

Com duas passagens pelo Santo André e muita experiência adquirida nos tempos em que atuou no futebol, Gaúcho deu dica para o Ramalhão voltar aos bons tempos.

"O Grande ABC é uma potência e o Santo André também. O time chegou à final contra o Santos há dois anos. Porém, saíram vários bons jogadores para grandes clubes do Brasil. Não adianta montar equipe para apenas um campeonato. Tem de manter o elenco. Por isso vieram os rebaixamentos", comentou.

E o ex-jogador se espelha nos grandes do futebol nacional para se basear. "Veja como o Santos está forte, o Fluminense também, porque mantêm seus jogadores. O Santo André tem condições de segurar o mesmo elenco por três, quatro anos. Time de temporada não tem condições", finalizou.




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