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São Bernardo surpreende secretários
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
26/01/2006 | 08:22
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O secretários de Finanças de Santo André, Antonio Carlos Granado, e de São Caetano, João da Costa Faria, ficaram supresos com o anúncio da Prefeitura de São Bernardo de que inciará a cobrança da taxa do poste em até dois meses, antes mesmo do fim das discussões entre sete municípios. A decisão pode esvaziar a reunião desta quinta no Consórcio.

Granado soube da decisão de São Bernardo ao ler o Diário, nesta quarta. Na reportagem, o secretário de Finanças Marcos Cintra admite o início da cobrança independentemente da decisão das demais prefeituras da região. Segundo Granado, até então, a posição dos sete secretários de Finanças locais era de trabalhar em conjunto.

De acordo com Granado, Santo André apresentará na reunião desta quinta dados oficiais da rede de energia da cidade, além de estudos jurídicos. "Santo André não tem uma posição - contra ou a favor da cobrança - por considerar a legislação em vigor complexa", justifica. "Vou defender que o Consórcio continue discutindo. Nós temos conhecimento de que existem pendências judiciais em vários cantos (regiões) do país, por isso, é preciso trabalhar com cuidado", completa.

João da Costa Faria também se mostrou supreso com o anúncio de Cintra. "Ainda não há consenso em todas as prefeituras e isso estava sendo tratado pelo Consórcio. São Bernardo tomou uma decisão unilateral", analisa.

Inicialmente favorável à cobrança da taxa, a Prefeitura de São Caetano ainda estuda a melhor possibilidade para o município, principalmente após conhecer os entraves jurídicos e técnicos levantados na primeira reunião dos secretários. "Hoje à noite (esta quarta), irei me reunir com o prefeito (José Auricchio Júnior/PTB) para definir a posição do município nessa reunião", diz. Para Faria, São Bernardo poderá ter problemas jurídicos com a decisão.

Marcos Cintra não vê motivos para surpresa dos demais secretários. "O prefeito (William Dib/PSB) já havia declarou publicamente que cobraria a taxa. Não vejo razão para tanta polêmica. Pode ser que alguns secretários ainda não se sintam preparados para implantar a lei em seus municípios, mas acho que o Consórcio vai acabar decidindo pela cobrança", analisa.




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