Um robô que tenta ser amigo de humanos e outro que declama textos de Shakespeare não são personagens de ficção científica. Integram a exposição Rumos Arte Cibernética, que fica até 4 de setembro no Itaú Cultural (Av. Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô, tel.: 2168-1776), em São Paulo, com entrada grátis. Dez obras supertecnológicas produzidas por artistas brasileiros são apresentadas ao público e dá para interagir com todas. Idance, de Leandro Trindade, por exemplo, é uma pista de dança na qual o movimento das pessoas determina formas e cores projetadas no espaço. A Roda da Vida, de Márcio Ambrósio, é releitura do zootrópio (aparelho que dá ilusão de movimento às figuras). Nela, o visitante pode criar sequência com 12 imagens e transformá-las em pequena animação.

A criação mais curiosa, no entanto, fica fora do prédio. Campo Minado, de Cláudio Bueno, está na Praça Alexandre de Gusmão, ao lado do Parque Trianon. É um game-performance - bem parecido com o disponível no computador - jogado com smartphone. Com a ajuda de um mapa, é preciso caminhar do ponto A ao B, escolhendo as direções que não passem sobre as minas. Isso em até cinco minutos.