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Grupos de escritores nas universidades

Em 2004 criei o grupo de escritores na então UniABC ...

Dgabc
19/04/2012 | 00:00
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Em 2004 criei o grupo de escritores na então UniABC (Universidade do Grande ABC), em Santo André, um dos primeiros grupos de escritores ligados a uma instituição de Ensino Superior no Grande ABC e São Paulo, talvez do Brasil.

A ideia de criar o grupo se deveu a uma cena inusitada: havia corrigido uma ‘redação' de uma aluna do quinto semestre de Letras e mencionei alguns elogios no próprio texto, tipo ‘você escreve bem, parabéns!'. Devolvidas as redações, ao fim da aula a aluna se aproximou, agradeceu e disse que a sua necessidade de escrever era tanta que se confundia com o ar que ela respirava.

Aí, a ficha caiu: em vez de encontrar, por acaso, escritores que estão saindo da universidade, por que não criar um grupo em que pudesse encontrá-los no início do processo e permanecessem após concluída a graduação?

Foi o que fiz. O grupo teve a função de mapear na universidade aqueles que gostavam de escrever desde poesias, crônicas, contos a textos mais objetivos. Encontrei até quem estava redigindo seus romances e também os que eram adeptos de RPG e histórias sequenciais, os HQs.

No início, nos reuníamos em sala do próprio grupo, participávamos de eventos externos, havia oficinas de literatura e projetos como o ‘escritor na universidade', éramos coparticipantes das semanas de letras, e ultimamente o grupo ficou mais virtual do que presencial, dada a dificuldade de os integrantes (professores, funcionários, alunos e ex-alunos, pois era um grupo ‘fechado' do ponto de vista institucional) se encontrarem.

Na época, o blogue do grupo contava com 20 mil acessos, com os textos dos integrantes do grupo e divulgação dos eventos do mundo editorial.

Chegamos a publicar dois livros com os textos dos participantes; um pela própria editora da universidade e o outro por uma editora que distribuiu a obra nacionalmente: Contos (Para Ler) na Universidade (Iglu, 2009).

Assim, partilho essa experiência com aqueles que veem a universidade não só como um lugar de produção de saber (e de sede do lucro fácil) como também um lugar em que os alunos podem efetivamente fazer a diferença.

Sérgio Simka é mestre em Língua Portuguesa, escritor, fundador e coordenador do Núcleo de Escritores da Firp (Faculdades Integradas de Ribeirão Pires).

Palavra do Leitor

Dia do índio

Hoje, comemora-se o Dia do Índio no Brasil em meio a conflitos com ocupantes do que eles consideram suas terras. Parece irônico que nossa Nação não venha a protegê-lo do avanço da agricultura e da mineração, sendo nosso território de área tão grande e diversa, com tantos locais livres a serem abertos às indústrias sem interferir na vida daquelas aldeias. É dever de todos nossos legisladores brasileiros homenagearem o Dia do Índio com a abertura de discussões produtivas que visem salvaguardar os direitos ratificados pela história, saindo essas ideias dos papéis e sendo levadas para junto de caciques, pajés e índios que apenas querem caçar, pescar e viver na liberdade que seus antepassados lhes legaram.

Ruben J. Moreira

São Caetano

Estranho

É no mínimo estranho o repentino interesse norte-americano por nós! O Brasil sempre foi visto com desconfiança pelos países desenvolvidos,só vinham aqui buscar nossas riquezas, praticamente de graça. Foi assim com o ouro, o café, laranja, arroz, feijão etc. De repente ficamos lindos, principalmente para os norte-americanos, que não saem daqui, rasgando elogios a nosso País. Quem vê até acredita que aqui é uma maravilha, não tem corrupção, desemprego, gente passando fome, violência etc. Não sei, não, mas ficaria atento a esse interesse estranho e repentino pelo País! De bem intencionados o inferno está cheio.

Geraldo Melhorine

Mauá

No CEU

As estrelas do CEU: Regina, Marisa e Marta! A primeira delas, com certeza está lá no céu, e de lá observa muito feliz tudo que acontece por aqui. A segunda, que foi gerada pela primeira, era só alegria, mesmo diante da angústia de ver a sua ‘estrela' maior, e de tantos brasileiros, não poder fazer uso da palavra por muito tempo. Com certeza, herdará para sempre o título de primeira-dama/companheira. A terceira é muito especial. À frente de um governo, reintroduziu o jeito de fazer nossas escolas. Com seu carisma inigualável continua arrancando aplausos por conta da admiração de muitos. E dizer o quê da sua atitude humilde, ao entender que o seu partido necessita hoje de novas lideranças. Até porque a liderança maior e mais importante no meio político atravessa fase difícil em relação à saúde. E o que essas estrelas têm em comum? Foram mães! E só quem teve esse privilégio conseguirá entender a importância grandiosa daquele espaço entregue à população.

Antonia Liberalino Bitú

São Bernardo

Museu?

Não sou contra a Cultura e lazer, aliás, acho de extrema importância, mas criar Museu do Trabalhador quando a cidade necessita de tantas coisas mais importantes é o fim! Se estivéssemos navegando em mar de rosas, maravilha! Acho que deveríamos ter sim museus e não só o Museu do Trabalhador, como muitos outros! Os trabalhadores, como eu, preferem escolas (apenas um CEU, inacabado ainda, não será suficiente!), Saúde e Segurança de qualidade, ruas asfaltadas decentemente (não com operações ‘tapa-buraco' ocasionais), infraestrutura em todos os bairros da cidade, limpeza de córregos, bueiros e rios para resolver enchentes, e muito mais! O museu, isso fica para quando São Bernardo for cidade de primeiro mundo, o que hoje não é! Gastar uma ‘dinheirama' no Museu do Trabalhador não é prioridade de verdadeiros trabalhadores!
Lígia Bittencourt

São Bernardo 




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