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Ponte em condições precárias em divisa assusta moradores

Passagem entre os bairros Piraporinha (Diadema) e Jordanópolis (São Bernardo) está com a estrutura danificada e oferece riscos

Matheus Angioleto
Especial para o Diário
06/09/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Em 20 passos é possível atravessar ponte que fica na divisa de Diadema e São Bernardo, entre os bairros Piraporinha e Jordanópolis. No entanto, os danos estruturais da passagem, somados a outros problemas, têm dado dores de cabeça e causado medo em quem vive próximo ao local e utiliza o equipamento constantemente.

Drama antigo na região, que já foi noticiado pelo Diário neste ano, acumula novos problemas. Após a chuva das últimas semanas, as tábuas da estrutura da ponte estão danificadas. Com isso, há buracos na base da passagem e é possível sentir o equipamento balançar durante a travessia.

Um dos símbolos do bairro de São Bernardo é o morador Antônio Carlos Capuano, 78 anos, que trabalhava no ramo de obras até chegar à aposentadoria. Toda semana a vistoria e visitação à ponte são tarefas obrigatórias. “Sou pioneiro do Jordanópolis e nunca vi uma coisa tão estranha assim. Quando chove e dá temporal, a ponte não serve de passagem, inutiliza tudo, aí que dá medo mesmo. Se chove, a madeira da ponte desce como se fosse papelão”, aponta.

Quem estava de passagem pelo local e carregava algumas sacolas era o torneiro mecânico aposentado Akira Nakagawa, 75, que utiliza a ponte para chegar à residência duas vezes por semana. Preocupado com a chuva que pode chegar, o morador faz um alerta: “Isso aqui começou a apodrecer e colocaram essas tábuas. Por aqui passa moto e é perigoso. A situação está péssima. Quando está úmido é o maior perigo, porque é madeira compensada”, diz.

Além de ser passagem obrigatória para boa parte dos moradores do entorno, o equipamento é utilizado por trabalhadores de empresas próximas. “É precária, a coisa está feia. É arriscado alguém passar pela ponte e cair, porque você não sabe o que tem aí embaixo. Se cai, a pessoa levanta e não fala nada. Lá no começo da ponte tem um buraco que encheram de madeira, porque não tinha como passar”, reclama o operador de máquinas aposentado Amarildo Quinelli, 54.

A Prefeitura de São Bernardo afirmou, em nota, que iniciará nos próximos dias o serviço de manutenção, com prazo de 15 dias para o término.

A Prefeitura de Diadema, porém, não se pronunciou até o fechamento desta edição.  




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