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Oposição decide nesta quarta-feira sobre CPI de cartões
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05/02/2008 | 07:20
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A oposição começa a decidir nesta quarta-feira, em Brasília, se pedirá uma CPI para investigar os gastos com os cartões corporativos do governo federal. Até quinta-feira a decisão estará tomada, garante o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), que vai procurar o DEM, tão logo chegue a Brasília, nesta quarta-feira, para convencê-los a aceitar a CPI.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que quer priorizar a CPI das ONGs, mas, acima de tudo, pretende garantir uma oposição alinhada e eficaz.

Nos últimos dias, o DEM vem resistindo à pressão do PSDB para requerer a CPI dos Cartões Corporativos. A resistência, que tinha seu maior foco em Agripino, começou a arrefecer com a revelação de que um segurança da filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aderiu à farra das compras com os cartões governamentais.

“Em vez de começar o ano com o déficit de explicar o aumento da carga tributária, o governo começa o ano tendo de voltar a explicar a corrupção”, disse Agripino.

De Buenos Aires, onde descansa no Carnaval, o senador potiguar disse que os gastos com cartões corporativos está crescendo. “Já está chegando à família do presidente”, disse, em referência a compras suspeitas feitas por João Roberto Fernandes Júnior, segurança de Lurian, filha do presidente.

Antes de viajar, Agripino combinou com o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, que a oposição terá uma postura alinhada “no rumo da eficácia”.

Mais que as compras suspeitas, a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto teve o dom de irritar toda oposição, ao se negar a explicar temas “relacionados à segurança do presidente e sua família”. “Isso é um acinte, um absurdo”, reagiu o presidente do PPS, ex-deputado Roberto Freire, que garantiu o alinhamento do seu partido com a decisão a ser tomada pela oposição. “Isso extrapola tudo”, concordou Agripino.

Pannunzio assegurou que a idéia de requerer a CPI dos Cartões Corporativos “não é contra a família do presidente, contra Lula ou seu governo”. Afirmou que a oposição não é contrária ao uso dos cartões corporativos, que foram criados no governo Fernando Henrique. “Bem usado, o cartão é positivo.”

Para garantir a CPI mista é preciso recolher 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.




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