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Débora Falabella volta como protagonista de ‘Sinhá Moça’
Alexandre Coelho
Da TV Press
16/02/2006 | 08:17
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Débora Falabella parece ter gostado de atuar em tramas históricas. Depois de viver a primeira-dama Sarah Kubitschek na primeira fase da minissérie JK, a atriz já começou a gravar como a personagem-título de Sinhá Moça, próxima novela das seis da Globo. Curiosamente, em sua trajetória televisiva – a atriz estreou em 1998 em Malhação –, Débora só havia feito um trabalho de época, na minissérie Um Só Coração, em 2002. A participação em dois trabalhos seguidos na TV não assusta a atriz, até porque ela não faz novela desde Senhora do Destino, de 2004. “Apesar de começar um trabalho emendado no outro, acho bacana”, diz.

Mais do que voltar a uma trama histórica, dar vida à protagonista de Sinhá Moça foi irrecusável. Exibida em 1986, a trama se passa em 1886, auge da luta contra a escravidão no país, com texto de Benedito Ruy Barbosa, “O texto do Benedito, além de muito bonito, dá a direção do personagem para o ator”, afirma. A grande sedução, entretanto, foi o pano de fundo histórico. Assim como boa parte dos atores, Débora tem fascínio pelos trabalhos de época. Para ela, tudo o que envolve uma produção semelhante permite que os profissionais viagem no tempo. Desde a caracterização do visual da personagem até os trejeitos, a atriz acha estimulante “reviver” um outro tempo. “Cabelo, maquiagem, figurino, falas, gestos... Hoje nós estamos muito distantes disso tudo”, diz.

Nascida em 1979, Débora não se lembra da versão original de Sinhá Moça. Na ocasião, a eterna “escrava Isaura” Lucélia Santos interpretou a personagem principal. Coincidência ou não, o antagonista era Rubens de Falco, ator que deu vida ao Leôncio, vilão-mor da Escrava Isaura original. Alheia às semelhanças entre uma novela e outra, Débora prefere não ter referências da primeira versão para que ela própria não sofra com comparações. “Eu não assisti e acho isso bom, porque quero fazer algo diferente”, afirma.

Contestadora – Se a composição visual ajuda a atriz a entrar no papel, a personalidade saiu do texto. Ainda que a nova versão não leve assinatura de Benedito Ruy Barbosa, coube às duas filhas do autor – Edilene e Edmara – a adaptação do original. Para Débora o que vale é a personagem bem construída. Mesmo em um período em que as mulheres não tinham voz ativa, “é prazeroso dar vida a uma contestadora, fazer uma menina que, depois de estudar na capital, volta com ideais abolicionistas e desafia o pai”, diz.

Não será sua primeira personagem de temperamento forte. Apesar do biotipo franzino e semblante dócil, ela interpretou a dependente química Mel, em O Clone, e a determinada Maria Eduarda, em Senhora do Destino. Ainda que suas personagens tenham alguma semelhança entre si, Débora garante que em nenhuma ocasião percebeu características suas nos papéis. “As personagens são completamente diferentes de mim. As pessoas são muito diferentes na vida real”, afirma.




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