O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), confirmou ontem à bancada do PT que o candidato do partido na corrida sucessória de 2016 será o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli. O próximo passo do prefeito, segundo apurou o Diário, é identificar parlamentares que serão fiéis à administração e aqueles que têm negociação aberta com prefeituráveis da oposição.

O petista reuniu o bloco de oito vereadores no Restaurante Florestal, na Rota do Frango com Polenta. Assim como fizera com seu secretariado quando cravou Tarcisio como candidato em reunião no início do mês, pediu empenho no apoio ao ex-sindicalista, sinalizando que a vitória de Tarcisio é a continuação de projeto de governo iniciado em 2009.

Marinho minimizou a crise institucional vivida pelo PT e o fato de Tarcisio estar à frente de obras que patinam na cidade, como o Projeto Drenar – as intervenções chegaram a ser paralisadas por falta de pagamento no fim do ano passado.

Durante o encontro, Tarcisio fez breve discurso. Também solicitou empenho dos vereadores, dizendo que momento agora é de união. O secretário afirmou que espera alinhamento total do partido com seu projeto eleitoral.

Até agora, Tarcisio é figurante no processo eleitoral, ainda bem longe, nas pesquisas de intenções de voto, do deputado federal Alex Manente (PPS) – líder – e do deputado estadual Orlando Morando (PSDB – segundo colocado. No levantamento do Diário, feito pelo DGABC Pesquisas em setembro, Tarcisio foi lembrado por 5,8% dos eleitores, enquanto Alex atingiu 39,3% e Morando, 22,8%, em um dos cenários estimulados.

Seu nome enfrenta resistência no petismo porque há ala que defende o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira como candidato do PT em 2016. Luiz Fernando declarou apoio a Tarcisio oficialmente e deve ficar com a coordenação da campanha do ex-sindicalista. Ele tem feito movimento interno para que seu grupo embarque de cabeça na futura candidatura de Tarcisio.

FORA DO MURO
O chefe do Executivo revelou também que iniciou pente-fino na bancada de sustentação, atualmente com 20 vereadores, e vai filtrar os parlamentares que ensaiam dissidência.

Alguns partidos da base atual já anunciaram que não estarão ao lado do PT em 2016, casos de PRB e PTB (fecharam com Alex Manente) e PP (estará com Orlando Morando). Outros estão próximos do rompimento, como PSD, DEM e PSB.