Os organizadores tinham a expectativa de receber 600 mil visitantes. De acordo com a única parcial divulgada, 343 mil pessoas passaram pela Bienal, da abertura (dia 15) até a última quarta-feira (21). Os números totais serão divulgados nesta segunda-feira.
“Sempre digo que o objetivo não é vender bem”, disse Paulo Rocco, que dirige a editora que leva seu nome. “Lógico que todo lucro é bem-vindo, mas o mais importante é estabelecer contatos que possam gerar dividendos mais duradouros.”
Alguns concordam, como Marcelo Duarte, autor e diretor da Panda Books: “Meu ganho maior foi ter feito contato com livreiros do Pará, Mato Grosso e outras regiões onde meus livros ainda não chegam”, afirmou. A grande visitação de livreiros, aliás, foi bem vista pela maioria dos editores, especialmente os médios e pequenos, que enfrentam problemas de distribuição.
Tecnologia – O evento serviu também para o público conhecer uma nova tecnologia, útil para impressão de pequenas quantidades de livro. Em sua primeira participação na Bienal, a IBM apresentou um conjunto de impressoras e equipamentos de acabamento que permitem a edição de uma obra em poucos minutos, bastando que seu autor tenha apenas o texto digitalizado em computador.
“Trata-se de uma solução de impressão sob demanda, ou seja, que permite a publicação de um livro a baixo custo unitário”, explica Ana Paula Zamper, gerente-regional da empresa. Um técnico verifica detalhes como colocação de margem. Em seguida, é escolhido o tipo de papel e a quantidade de cópias a serem feitas. O modelo exibido na Bienal opera a uma velocidade de até 85 páginas por minuto.
Segundo Ana Paula, o sistema é dedicado preferencialmente às editoras que fazem pequenas tiragens, o que permite a reimpressão de títulos esgotados ou fora de catálogo. A impressora, que deve chegar ao mercado em dois meses, é equipada com um software inviolável que controla o número de cópias e a natureza da obra, uma espécie de proteção aos direitos autorais.
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