Hoje, logo após o 'Big Brother Brasil 11', a Globo estreia a minissérie 'O Bem Amado', versão televisiva para o filme de Guel Arraes. Serão quatro episódios até sexta-feira com 26 minutos a mais além dos 107 originais, que ganharam cenas extras, com tramas paralelas modificando o ritmo da narrativa.

Em outros dois trabalhos - 'O Auto da Compadecida'(2000) e 'Caramuru - A Invenção do Brasil' (2001) -, Guel Arraes já havia conseguido cruzar televisão e cinema. Desta vez, o diretor seguiu o caminho inverso ao trazer sua obra cinematográfica para o universo da TV.

Na versão de Arraes para o texto do dramaturgo Dias Gomes, Marco Nanini interpreta o lendário Odorico Paragaçu, prefeito de Sucupira cuja meta é inaugurar um cemitério. Usando de recursos suspeitos, o prefeito finaliza a obra sonhada, mas o problema é que não morre ninguém na cidade.

Na trajetória para produzir um defunto, surge Ernesto (Bruno Garcia), o moribundo primo das irmãs Cajazeiras - interpretadas por Andrea Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes -, aliadas do prefeito. Em Sucupira, o primo melhora. Com a ajuda do fiel e ingênuo assessor Dirceu Borboleta (Matheus Nachtergaele), Odorico, então, contrata o temido cangaceiro Zeca Diabo (José Wilker).

Mas contra os desmandos da prefeitura, o político terá que enfrentar a oposição comandada por Wladymir (Tonico Pereira) e Neco Pedreira (Caio Blat).

Para complicar ainda mais, Neco e Violeta (Maria Flor), a filha do prefeito, se apaixonam. E está armado o circo para a ‘sátira política brasileira por excelência'.

Nanini e Arraes já montaram a peça 'Odorico - O Bem Amado, os Mistérios do Amor e da Morte', inspirada na novela que a Globo exibiu entre as décadas de 1970 e 1980.