A cena chamou a atenção no Pacaembu: todos os jogadores, exceção ao goleiro Rafael Santos, correram para abraçar Chicão quando o zagueiro cobrou falta com perfeição e fez o segundo gol da vitória sobre o Cerro Porteño. Em um primeiro momento pode parecer que o elenco queria mostrar à torcida que não há problema de relacionamento. Mas não.

A homenagem era para o camisa três, que passou por momento difícil com a lesão na sola do pé direito. Chicão sofreu por não saber se poderia jogar em alto nível os importantes jogos da Libertadores. Foi o amigo e companheiro de zaga William que o salvou, indicando o mesmo tratamento que fez para melhorar a circulação no tornozelo - as lesões eram semelhantes. Os eletrochoques a que foi submetido surtiram efeito e o zagueiro jogou com menos dor na quarta. Menos, porque ainda sente incômodo.

Chicão é um dos líderes do grupo em campo, mas fora dele não gosta de ser vitrine. Por isso mesmo concede pouquíssimas entrevistas. Pode soar arrogância ou desprezo pela torcida, mas este é o seu jeito, tímido.