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Seis seguradores disputam a apólice da Petrobras
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06/03/2010 | 07:00
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A Petrobras espera para dia 16 a entrega das propostas para o seguro de todas as suas operações no País, avaliadas em cerca de US$ 80 bilhões a US$ 90 bilhões. Essa é a maior apólice do Brasil e uma das maiores do mundo e cobre plataformas de petróleo, refinarias, transporte dos produtos, e danos causados a terceiros.

Seis seguradoras estão disputando o megacontrato, além de algumas grandes corretoras de seguro. A seguradora do Itaú e a corretora inglesa Willis vão participar em conjunto. Outros que vão participar são o Bradesco, a seguradora norte-americana Ace,a corretora JLT, as seguradoras SulAmérica, Allianz e Mapfre. O contrato é válido por um ano. O atual está com o Itaú.

A expectativa é que os prêmios pagos pelas petroleiras às seguradoras se reduzam este ano e fiquem abaixo dos US$ 26 milhões da apólice do ano passado. A razão é que o mercado de resseguros se acalmou depois que crise financeira também deu uma trégua. Em seguros de grande porte como este, com os chamados riscos industriais, a operação invariavelmente conta com a cobertura de uma resseguradora, que é, mais ou menos, o seguro do seguro.

Para assumir risco superior à sua capacidade financeira, a seguradora é obrigada a repassar parte dele, ou sua integralidade a uma instituição resseguradora, que atua internacionalmente. O resseguro dá solvência aos seguradores e evita quebradeiras generalizadas.

As grandes resseguradoras, que absorvem parte substancial do risco em uma apólice gigante como essa, perderam muito dinheiro com a crise, por conta de apostas no mercado de derivativos. Por isso, no ano passado a colocação do seguro da Petrobras foi complicada, pois as resseguradoras aumentaram as taxas.

O Itaú, que venceu a licitação em 2008, acabou prorrogando o contrato em 2009, com autorização da Susep (Superintendência de Seguros Privados). Na licitação de 2008 algumas seguradoras pediram prêmios de mais de US$ 35 milhões.




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