Se algo ficou visível na vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras e tem sido notado nos últimos jogos do Santo André é o condicionamento físico dos jogadores. Enquanto alguns como Gil, Bruno César, Rômulo e Rodriguinho ainda davam piques desde o campo de defesa até a área adversária, aos 40 minutos do segundo tempo, os palmeirenses, por exemplo, mesmo atrás no placar não tinham condições de buscar o resultado a apenas tocavam a bola de lado, literalmente matando o tempo.

Segundo o preparador físico do Ramalhão, Stélio Metzker, a obediência dos atletas em seguir o as determinações da comissão técnica deixou o time nesse nível. "A essa altura do campeonato, passado da metade da competição, a equipe atingiu o estágio ideal. Só não pode chegar ao ápice, porque a partir daí a tendência é cair o condicionamento. Dentro das expectativas e da nossa programação, o time atingiu o nível antes do que a gente esperava", explicou Metzker.

"Isso não teria acontecido se não houvesse responsabilidade extra-campo por parte de todos. Porque, por mais que o treinador cobre e exija a parte disciplinar e os treinos, se não tiver disciplina também fora de campo, não teríamos atingido esse estágio", explicou o preparador.

Outro fato que contribui, de acordo com Metzker, é que o técnico Sérgio Soares tem conseguido manter o mesmo time, mudando poucas peças de uma partida para a outra. "Em função de conseguir repetir o time, ficou mais fácil. Além de se encontrar na parte tática, também o fez na questão física."

Independentemente das dificuldades do clube encontrar locais para treinar, para o preparador físico o que tem feito a diferença é ter parceiros com estrutura de qualidade. "Se não fosse a Bio Ritmo, que tem uma academia de excelente nível, o Aramaçan, Dell'Antonia, Bridgestone/Firestone, Santos/Meninos da Vila, Garagem e o pessoal do Jardim Inamar, talvez não tivéssemos atingido esse estágio", exaltou.

Segundo o fisiologista do clube, Thiago Fukugauti, outro ponto que faz a diferença é o trabalho realizado pós-treino e pós-jogo. "A gente faz a reposição imediata, tentando a recuperação após as atividades, depois das partidas, além das intervenções com o que temos a oferecer em suplementação", explicou.

No início da pré-temporada, todos os jogadores passaram por entrevista com nutricionista e foram montados cardápios individuais para os atletas. "A partir daí foram feitos os complementos com suplementos alimentares para cada um, com substâncias que nem todos tomam. Durante todo o mês de janeiro tivemos a preocupação com a parte de alimentação balanceada, com os jogadores se alimentando dentro do clube."

Também para Fukugauti, o comprometimento dos jogadores tem dado resultado. "Estão comprometidos, aceitando bem essa parte de recuperação e suplementação. Esse ano todos estão seguindo à risca."

E para que o Santo André permaneça com fôlego até as finais do Paulistão, os responsáveis pela preparação física e fisiologia andreense seguem trabalhando forte como os jogadores. "A tendência é manter e tentar crescer ainda mais para o fim da competição", concluiu Stélio Metzker, que tem como braço direito o preparador Rodrigo Quito.

Sto.André espera aumentar média de público

Até agora, somando os seis jogos que o Ramalhão fez em casa, exatos 16 mil torcedores foram ao Estádio Bruno Daniel prestigiar o time, com média de 2.666 por partida. Para aumentar esses números, jogadores, comissão técnica e diretoria convocam a torcida a comparecer ao jogo de amanhã, contra o Botafogo.

Os ingressos estão à venda nos habituais postos de venda (Bar do Mazinho, sede da Fúria Andreense, bilheterias do Brunão, entre outros) e nos mesmos valores R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

TIME - O único desfalque do técnico Sérgio Soares para enfrentar o Botafogo será o lateral-esquerdo Carlinhos, com uma lesão no músculo posterior da coxa direita. No treino de ontem, Arthur foi o substituto escolhido.