O mercado brasileiro atingiu crescimento superior a 12% num ano em que a crise econômica derrubou vendas de automóveis na maioria dos países. Individualmente, algumas marcas se destacaram mais ainda com surpreendente volume de negócios em 2009.

Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a Hyundai, no segmento apenas de carros, cresceu no ano passado 357,8% em comparação com 2008. A marca coreana, que importa veículos em parceria com o grupo nacional Caoa, vendeu 20.978 unidades em 2009 contra 4.582 do ano anterior.

Ainda que o volume possa ser considerado baixo, o desempenho impressiona se for considerado que a Hyundai monta apenas um veículo no Brasil, mesmo assim em regime de CKD - o caminhão HR é transportado em partes encaixotadas da Coréia para o Brasil.

O sucesso da Hyundai se apoia na agressiva estratégia de marketing e em produtos que vêm conquistando admiração e o desejo do consumidor brasileiro. O parceiro Caoa anunciou que vai montar neste ano o atual Tucson em Anápolis (GO) - o SUV entra numa nova geração na Coréia em 2010. A matriz do grupo coreano anunciou que também pretende instalar uma fábrica no País.

Ainda com volumes baixos de venda, a Nissan parece ter reagido no Brasil. Analisadas vendas de carros, a empresa conquistou crescimento de 54,6%, saindo de patamar de 10.209 unidades, em 2008, para 15.782, em 2009.

Mas em geral as marcas novatas não foram bem. O grupo PSA Citroën Peugeot, Renault, Mitsubishi, Honda e Toyota não conseguiram acompanhar o crescimento do mercado.

Entre as quatro grandes montadoras, o melhor desempenho foi da Ford. Em carros, o crescimento da fabricante norte-americana chegou a 22,7%, com 235.063 unidades. Em 2008, o montante atingiu 191.575.

Em seguida, aparece a Volkswagen, cujas vendas cresceram 19%, enquanto as da indústria em geral subiram 12,7%. A participação de mercado da Volks aumentou de 21,9%, em 2008, para 22,7%, em 2009.

O crescimento de 11% garantiu a Fiat volume recorde e a manutenção da liderança nacional. A empresa, com sede em Betim (Mninas Gerais) atingiu um total de 736.973 unidades emplacadas. Prejudicada pela crise, a General Motors não conseguiu acompanhar a subida do mercado. Observando só a venda de carros, a GM subiu 7%.