O presidente do Comitê Organizador dos Jogos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, se irritou ontem ao ser indagado sobre como evitar o possível estouro do orçamento da Olimpíada no Rio, que gira em torno de R$ 30 bilhões. Nos Jogos Pan-americanos (também no Rio), em 2007, o gasto inicial de R$ 400 milhões saltou para quase R$ 5 bilhões.

Ao ser perguntado sobre isso, Nuzman se esquivou da resposta e preferiu atacar a turma que ‘torceu contra' a candidatura do Rio. "Se alguém no Brasil não está satisfeito com isso, ficou triste ou torceu contra, vai ter de chorar por sete anos como testemunha do maior sucesso da vida pública esportiva do País. Vai ter de se amargurar pela eternidade", declarou o dirigente.

Ao lado de Eduardo Paes e do governador do Rio, Sérgio Cabral, Nuzman participou ontem da cerimônia de hasteamento da bandeira olímpica no Palácio da Cidade, sede da prefeitura. Os três estiveram em Copenhague, na Dinamarca, onde a vitória brasileira foi anunciada sexta - derrotou as candidaturas de Chicago, Tóquio e Madri, com as quais disputava os votos do COI.

Nuzman voltou ontem mesmo para a Dinamarca, a fim de participar do 8º Congresso Olímpico, que definirá, entre outras coisas, a inclusão do rúgbi e do golfe como modalidades olímpicas nos Jogos de 2016.