Em 14 dias úteis, a GM (General Motors), em São Caetano, demitiu 700 funcionários com contratos temporários. A companhia mantinha 1.633 trabalhadores atuando temporariamente.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a cada, dia 50 funcionários com contratos temporários são desligados da empresa. "Esta não é uma situação definitiva. Estamos pressionando a GM para que haja a contratação destes funcionários", alegou.

Segunda-feira, 300 trabalhadores que estavam afastados desde o dia 26 de fevereiro foram convocados antecipadamente para retornar ao trabalho. A data fixada para retomada das atividades era de 30 de março. A empresa alegou retomada nas vendas e necessidade de aumento na produção.

"Além destes 300 trabalhadores, 150 funcionários com contratos temporários, que também estavam de licença remunerada voltaram ao trabalho. Todos têm contratos que expiram após maio, por isso há a esperança de contratação", destacou Cidão.

Para o sindicalista, a GM sente melhora no cenário econômico e começa retomar a produção, consequentemente precisará de mais mão de obra. "Além de antecipar o retorno dos temporários, a empresa também ampliou a jornada semanal dos 6.000 funcionários, em 1 hora e meia por semana", destacou.

O sindicato afirma que a GM está produzindo 52 carros por hora, contra 42 veículos em tempos de licença remunerada.

Procurada pela reportagem, a GM anunciou que os contratos temporários finalizados em março e abril não serão renovados.