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Mauá: homicídios aumentam a cada dia

Em janeiro e fevereiro deste ano a cidade registrou 15 casos; na primeira quinzena de março, foram três

Por Fabiana Chiachiri
e Evandro De Marco
16/03/2009 | 07:02
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O número de homicídios em Mauá não para de crescer. Em janeiro e fevereiro deste ano a cidade registrou 15 casos, e na primeira quinzena de março o município já teve três assassinatos. No mesmo período de 2008, Mauá teve sete ocorrências ao todo.

O aumento de mais de 50% despertou preocupação no delegado seccional de Santo André, Luiz Carlos dos Santos, que também é responsável por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Desde outubro do ano passado, quando a cidade teve uma chacina, o delegado solicitou ajuda ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), de São Paulo. O órgão conta com equipe especializada nesse tipo de ocorrência. "No início deste ano, tivemos mais duas chacinas. Se for preciso, chamo o pessoal de São Paulo novamente", disse o delegado.

Enquanto os homicídios em Mauá crescem assustadoramente, Santo André, que conta com uma população de mais de 667 mil habitantes, registrou dez casos nos dois primeiros meses do ano. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que juntas somam mais de 145 mil habitantes, registraram cinco homicídios.

"O número tem de cair. Não podemos ficar reféns dos criminosos. Nosso papel é proteger a população, e vamos fazer de tudo para que isso seja feito", disse o delegado seccional.

Entre as medidas que o delegado tomou no início deste mês estão a colocação de viaturas do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) nas ruas da cidade e a realização de rondas noturnas, que serão feitas por investigadores dos três distritos de Mauá. "Tive uma reunião com o doutor Rosa (José Rosa Incerpi, delegado responsável pela Delegacia Sede de Mauá), com o chefe dos investigadores de lá e com o pessoal de Santo André. Trouxemos três casos, os mais complexos, para serem tocados por aqui", afirmou.

Além disso, o seccional confirmou que o comandante interino da Polícia Militar, tenente-coronel Francisco Rissi Filho, deslocará mais viaturas para Mauá de outros batalhões do Grande ABC, que não sejam os da cidade. "Temos de unir forças para diminuir os casos de homicídio. E para isso, já fiz várias reuniões com a PM e a GCM, além de conversar com o secretário de Segurança Pública de Mauá", disse Santos.

O delegado observa que os crimes ficaram mais violentos nos últimos tempos. "Antigamente, os bandidos tinham mais ética. Hoje, qualquer diferença pessoal e resolvida à bala", afirmou.




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