Sérgio Soares decidiu que todo mundo é titular no Santo André. A teoria surpreendente do técnico expõe um pano de fundo claramente motivacional para que os candidatos às diferentes vagas não fiquem desanimados na seqüência da na Série B do Brasileiro.

"Não quero ver ninguém de cabeça baixa. Como sempre faço, vou usar critérios imparciais na hora de escalar", avisa.

Segundo ele, as circunstâncias de cada rodada é que determinarão os nomes dos escolhidos. Na opinião do treinador, é fundamental que cada um busque o próprio espaço. "Pretendo utilizar um revezamento justo."

O exemplo mais recente aconteceu nos 3 a 1 de terça-feira contra o CRB. A vitória tirou o Santo André de uma situação incômoda para levá-lo ao bloco intermediário da tabela. O time pulou para o sétimo lugar (12 pontos, a exemplo do ABC, 8º colocado). No intervalo, Sérgio Soares trocou de atacante: Elton Brandão substituiu Fábio, ex-Volta Redonda, que já havia atuado no segundo tempo diante de Marília e Ponte Preta.

"Acho que não decepcionei, mas senti falta de ritmo", disse Fábio, que se movimentou bastante na frente. "Não corri como gostaria, mas ainda chego lá", prevê.

 Na segunda etapa, Sérgio Soares não poupou nem a suposta cadeira cativa de Marcelinho Carioca e o artilheiro Márcio Mixirica para apostar em Jéferson (autor do terceiro gol) e Osny.

Valeram as alterações, tanto é que o Santo André manteve o embalo. "Diria que cada jogo é uma história. Posso recorrer a uma escalação mais conveniente ou modificar tudo na semana seguinte. O mesmo se aplica ao sistema tático. As coisas nunca são iguais no futebol", supõe Sérgio Soares.