Cíntia Bortotto Titulo Carreiras
Você tem empresa familiar ou atua em uma?

Por Cíntia Bortotto
22/09/2014 | 07:10
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O Brasil, mesmo com a crise, continua crescendo em alguns setores e algo que merece destaque é a constituição de empresas. A profissionalização destas companhias é fundamental para seu bom desenvolvimento.

Nas empresas familiares, o principal desafio na gestão é o entendimento de onde se quer chegar e o que deve ser feito, ou seja, qual o plano para isso. A partir desse desenho, as problemáticas começam a aparecer. É muito comum, por exemplo, que alguém da família ocupe um cargo, mas não tenha as competências para estar na função. O que fazer então?

Nesse caso, se o que a empresa quer é continuar crescendo só existem duas saídas: ou a pessoa se desenvolve ou precisa ser substituída em prol do negócio. Mas como substituir alguém da família sem deixar mágoas? O processo deve ser feito com muita conversa e transparência depois de se ter tentado desenvolver a pessoa.

Empresas familiares costumam ter alguns problemas comuns, que precisam ser colocados em cheque para que a gestão seja feita de maneira adequada. Seguem alguns deles:

1 – Centralização: em empresas familiares, geralmente poucas pessoas centralizam o poder e a tomada de decisão, o que faz com que a empresa fique mais lenta e profissionais com maior grau de autonomia não se sintam motivados.

2 – Não ter um plano de sucessão estruturado: empresas familiares podem acabar se não preparam sucessores. Em geral, os donos preferem que alguém da família dê continuidade, mas quando isso não acontece, deve-se ter plano sucessório claro para que não haja riscos para o negócio. Mesmo que o eleito seja alguém da família, preparar essa pessoa é essencial para a saúde e continuidade da empresa.

3 – Falta de profissionalização: muitos processos e ferramentas são feitos de forma caseira, não utilizando o que já se tem de melhor no mercado para gerar mais lucro para a empresa.

4 – Medo de falar: quando muitos parentes trabalham na empresa, pode haver o clima de não vou falar porque não sei como isso chegará na família, o que inibe melhorias.

5 – Não investir em pessoas: manter como colaboradores pessoas que “não fazem a diferença” também é um problema, pois a empresa só realiza seu potencial se tem pessoas engajadas.

6 – Oferecer benefícios individualizados sem política clara: o que a princípio é feito para ajudar, principalmente colaboradores em momentos difíceis, pode virar fonte de reclamação.

Para ajudar essas empresas, uma sugestão é o processo de coaching. Trata-se de uma técnica que não expõe as fragilidades dos familiares em seu processo de desenvolvimento e por isso que é ferramenta que tem sido tão usada para desenvolver esse grupo de pessoas. Se você possui ou trabalha em empresa familiar, siga confiante e boa sorte! 




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