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Donisete estreita elo com
Brasília e cobra o Estado

Prefeito eleito de Mauá já programa agenda com ministros
Alexandre Padilha, Aloizio Mercadante e Miriam Belchior

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
30/10/2012 | 06:32
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Um dia após vencer a eleição à Prefeitura de Mauá, Donisete Braga (PT) já projetou ir a Brasília estreitar a relação com a União visando o financiamento de algumas de suas principais bandeiras de campanha. Em entrevista coletiva concedida ontem à tarde, o prefeito eleito cobrou a abertura de diálogo com o governo do Estado, ao qual faz oposição como deputado estadual, para atrair recursos também do Palácio dos Bandeirantes.

O petista afirmou que irá a Brasília nas próximas semanas para detalhar projetos aos ministros Alexandre Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Educação) e Miriam Belchior (Planejamento). Cada um dos três integrantes do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff visitou Mauá duas vezes durante a campanha em apoio ao então candidato.

"Quero verificar o que o governo federal pode nos garantir de recursos para antecipar um pouco o processo de implantação de políticas públicas a partir de 1º de janeiro (quando tomará posse)", justificou Donisete.

Durante os quase quatro meses de campanha, o petista colocou em pauta projetos para serem viabilizados com a União, como a construção de cinco CEUs (Centros Educacionais Unificados), a chegada do campus Mauá da UFABC (Universidade Federal do ABC) e a captação de verba para a remoção de áreas de risco e construção de unidades habitacionais. "Temos de manter as mangas arregaçadas porque a máquina é muito burocrática. O nosso desafio é dar celeridade para a implantação do plano de governo."

Se a boa relação do futuro prefeito com o governo federal está garantida em virtude do petismo, o mesmo, pelo menos por enquanto, não se pode dizer com referência ao governo do Estado. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) apoiou a candidata derrotada Vanessa Damo (PMDB) no segundo turno da eleição de Mauá.

Sabedor da importância de viabilizar parcerias com o Palácio dos Bandeirantes, Donisete cobra "bom diálogo" com o Estado para a integração do transporte público, as instalações de um IML (Instituto Médico Legal) e de uma delegacia seccional e, principalmente, a estadualização do Hospital de Clínicas Radamés Nardini.

"Do mesmo jeito que quero ser o prefeito de todos, o governador tem de ser o governador também de Mauá, do prefeito Donisete e do vice Hélcio (Silva, PT). Da minha parte não haverá disputa partidária", declarou.

 

TRANSIÇÃO

Dizendo-se feliz e honrado por ter sido eleito, Donisete disse que conversará com o prefeito Oswaldo Dias (PT) nesta semana para iniciar a transição do governo segunda-feira. Ele não revelou nomes do secretariado, apenas disse que as escolhas atenderão a critérios técnicos e políticos.

O petista amenizou o fato de ter de costurar a maioria na Câmara para garantir a governabilidade. Dos 23 vereadores eleitos, nove apoiaram Donisete no segundo turno. "Seguramente não vai se estabelecer processo de inviabilizar o governo."

 

 




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