O PSDB de Santo André tende a formalizar o apoio ao prefeito Aidan Ravin (PTB), candidato à reeleição, até domingo. A aliança seria firmada ontem, porém, incompatibilidade de agendas adiou a decisão. Mesmo com resquícios do período pré-eleitoral, quando o petebista não cumpriu acordo de abrir o posto de vice às vésperas das convenções municipais, o tucanato local prega consolidação de frente antiPT no segundo turno.

O presidente do diretório municipal, Ricardo Torres, afirmou que a definição partirá da premissa pragmática do julgamento do escândalo do Mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Para o tucano, o modelo petista de administrar trata o bem público como privado. "O PSDB tem história longe da corrupção", disse, esquivando-se, porém, do caso de peculato e lavagem de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB) na campanha de Minas Gerais. "Esse episódio não foi julgado."

O PSDB compunha a chapa de Raimundo Salles (PDT) com o próprio Ricardo Torres como vice. A composição obteve 13,4% dos votos válidos no primeiro turno e terminou em terceiro lugar.

Torres argumentou que a executiva busca saída política que possibilite avanço da cidade. O PSDB nunca governou Santo André e não teve participação efetiva no governo Aidan. "Estamos conversando sobre posições políticas para podermos efetuar as propostas desenvolvidas pelo partido."

Com o abordo de candidatura própria por parte da direção local e a debandada orquestrada pelo vereador Paulinho Serra, hoje no PSD, o partido não conquistou nenhuma cadeira na Câmara, pior resultado da história.

Outro sinal da destruição interna da legenda é o provável apoio dos principais candidatos a vereador a Carlos Grana (PT), com exceção dos dois vereadores não reeleitos - Marcelo Chehade e Marcos da Farmácia.