O prefeito de Diadema e candidato à reeleição, Mário Reali (PT), criticou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelo fim da integração gratuita no transporte e por não contribuir com investimentos para a Saúde. Os questionamentos foram proferidos durante assembleia na Almul (Associação de Luta por Moradia Unidos da Leste), na Vila Conceição, e após cobrança de um morador por melhorias no Quarteirão da Saúde.

Reali iniciou o discurso na Almul ressaltando conquistas de seu mandato e alfinetando Alckmin pela intenção de cobrar tarifa adicional nos terminais Piraporinha e Diadema. "Tivemos uma derrota no STJ (Superior Tribunal de Justiça, que entendeu pela legalidade da cobrança), mas não vamos desistir de lutar." Depois da fala, o petista foi interpelado por um munícipe. "Por que não fala do Quarteirão da Saúde, aquele elefante branco que tem um monte de gente nos corredores esperando atendimento?"

O chefe do Executivo contestou as críticas do morador e voltou a criticar o governo do Estado. "Tem candidato que representa o governador que anda falando muito pela cidade. Em vez disso, poderia falar com o governador Alckmin para abrir as portas do Hospital (Estadual) Serraria. Ajudaria muito mais do que ficar falando mentiras", afirmou, em alusão aos oposicionistas Lauro Michels (PV) e Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB).

O petista também citou a ausência de investimentos estaduais no município. Segundo seus cálculos, a Prefeitura destina quase R$ 250 milhões do Orçamento para a Saúde, a União arca com R$ 70 milhões e o governo do Estado "não destina nenhum centavo".