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Estrangeiros têm outra imagem do País

Português diz que informações passadas na Europa eram negativas; alemão faz comparação

Por Dérek Bittencourt
Enviado a Salvador
17/06/2014 | 07:00
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Desde que o Brasil foi eleito sede da Copa do Mundo de 2014, em 2007, os brasileiros se preocupam com a imagem que o País passaria aos estrangeiros em diversos aspectos, como Educação, Saúde e principalmente Segurança. Sete anos se foram, os problemas existem, mas os visitantes de outros países têm gostado do que encontraram em solo tupiniquim.

Ontem, antes do duelo entre Alemanha e Portugal na Arena Fonte Nova, em Salvador, na Bahia, os torcedores destas e outras nações confraternizavam em clima de paz, descontração e elogiaram muito o que vivenciaram desde a chegada.

Aliás, alguns se mostravam surpresos. Segundo o agente português Pedro Charana, 42 anos, na Europa o que se via nos noticiários ou recebia de informação por outras vias era de que não era seguro vir ao Brasil. Tanto que sua própria família pediu para que não viesse. Porém, ele passará um mês no País e não se arrepende.

“A atmosfera aqui está muito bonita e sem perigo, ao contrário da imagem que tentaram nos passar por lá. Nos falavam muito sobre manifestações, mas como podem dar valor a esses manifestos de 200 pessoas num país de 180 milhões”, questionou o português. “Claro que não é 100% seguro, mas não deixei de vir por isso”.

Já o casal alemão Sabine, 47, e Thomas Stadt, 43, veio do Sul da Alemanha e ficará três semanas no Brasil. Anteontem, em visita ao Pelourinho, presenciaram um assalto, mas ao invés de criticarem o País, traçaram uma comparação.

“Vimos um garoto assaltando a bolsa de um turista e correndo. Sem dúvida tem algumas áreas onde durante a noite não se deve ir, mas isso acontece em todo lugar e também na Alemanha. No geral, tem muitos policiais e está seguro”, disse Thomas, bastante impressionado com o clima amistoso do povo brasileiro. “Estamos num hostel há 15 minutos do estádio e viemos caminhando. As pessoas são muito amigáveis e todos celebraram com a gente no caminho até aqui”, exaltou.

Quem também estava bastante feliz com a receptividade era o alemão Florian Wiesnner, 32 anos, advogado de Dusseldorf. “Gostei dos brasileiros. São gentis, alegres e prestativos. É um povo quente. Claro que vemos algumas desigualdades, mas é muito bom estar aqui”, definiu.

Noivos divididos

Não foram poucos os torcedores de outras nacionalidades a marcar presença na Arena Fonte Nova para o duelo entre alemães e portugueses. Desde a manhã de ontem, era possível ver nos arredores do estádio baiano mexicanos, colombianos, norte-americanos, japoneses, chineses e, principalmente, brasileiros. Com a forte ligação histórica com Portugal, a maioria dos tupiniquins vestiu a camisa vermelha – especialmente com nome e número de Cristiano Ronaldo. Mas também tinham aqueles que foram torcer pelos alemães.

Essa divisão mostrou-se presente entre os noivos Camila D’Ávila, 36, e Vinicius Salton, 30. Ambos vieram de Itu e chamavam atenção em frente à arena porque ele trajava um chapéu português e vestia uniforme dos lusos, enquanto ela estava com o típico chapéu e camisa dos alemães.




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