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Dengue

É uma virose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti...

Por Leo Khan
Do Diário do Grande ABC
10/04/2014 | 07:00
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É uma virose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (um, dois, três e quatro) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito, com febre alta, dor de cabeça e dores no corpo. São comuns a sensação de cansaço, falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo, e prurido (coceira) no corpo. Também pode ocorrer algum tipo de sangramento (no nariz ou nas gengivas).

A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. Atualmente, a doença é considerada um dos principais problemas de Saúde pública.

As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente e a grande preocupação é de que, nos próximos anos, a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.

Os transmissores da dengue proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações, em qualquer ponto de água limpa (caixas-d’água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1.200 metros.

O diagnóstico inicial de dengue é clínico, feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação, se desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar ‘positiva’ a partir do quarto dia de doença.

A dengue pode se apresentar clinicamente de quatro formas diferentes: infecção inaparente, dengue clássica, febre hemorrágica e síndrome de choque. Dentre eles, destacam-se a dengue clássica e a febre hemorrágica.

Infecção inaparente – A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

Dengue clássica – É uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre cinco e sete dias. A pessoa tem febre alta (39°C a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele e dor abdominal.

Dengue hemorrágica – É grave e se caracteriza por alterações da coagulação sangüínea. Inicialmente, assemelha-se à dengue clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Assim que os sintomas de febre acabam, a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Síndrome de choque – É a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial.
A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Há registros de alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Sintomas

Dor de cabeça, dor nos olhos, febre alta, dor nos músculos e nas juntas, manchas avermelhadas por todo o corpo, falta de apetite, fraqueza e, em alguns casos, sangramento de gengiva e nariz.

Dicas

- Lave bem os pratos de plantas e xaxins, passando uma bucha para eliminar os ovos do mosquito. Uma boa solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos.

- Limpe as calhas e as lajes das casas.

- Lave bebedouros de aves e animais com uma escova.

- Guarde garrafas vazias de cabeça para baixo.

- Jogue no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafa, latas e tudo o que acumula água.

- Mas atenção: o lixo deve ficar o tempo todo fechado.

- Em locais de maior ocorrência, use calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de Deet nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%).

- Para reduzir a população do mosquito, é feita a aplicação de inseticida através do fumacê, que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O fumacê não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido para matar os mosquitos que vão se formando. 

* Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para leo.kahn@uol.com.br ou visite o blog www.topblog.com.br/endocrino .




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