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Sidão admite discutir fim da reeleição de presidente

Chefe do Legislativo evitava o assunto; previsão é que a proposta seja lida na terça-feira

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
25/09/2013 | 07:00
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Arquivo/DGABC


O presidente da Câmara de São Caetano, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), declarou ontem na tribuna que a proposta de impedir reeleições para o comando do Legislativo pode ser discutida na sessão da terça-feira. Essa foi a primeira vez que o socialista falou publicamente sobre o tema que vinha evitando tratar desde o começo do ano.

De autoria do vereador Beto Vidoski (PSDB), a proposta estava a caminho de ser protocolada e aguardar fila para ser votada. Entretanto, a irritação do socialista com o tema fez com que ele recorresse ao prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) para amenizar a questão. O projeto de lei do tucano será descartado e o mesmo tema será apresentado pela mesa diretora.

“Faremos um grande estudo sobre isso para avaliar as possibilidades e, quem sabe, já começar a discutir na semana que vem”, afiançou Sidão em discurso na tribuna. O socialista também justificou a postura pelo fato de o vereador Paulo Bottura (PTB) – autor do projeto que permitiu a reeleição na presidência – estar em atividade. “É uma questão delicada e temos que respeitar o autor dessa proposta, que ainda está na Casa.”

Vidoski disse não ter se incomodado com o descarte de seu projeto de lei. “Tradicionalmente, temas como esses são apresentados pela mesa diretora. Eu não tenho o ego de ser o dono do projeto e abro mão disso para a proposta ser apresentada pelos 19 vereadores. Tivemos o ganho de que, como será apresentado pela mesa, ele entrará na frente das outras propostas e será discutido com mais rapidez”, destacou o tucano.

Encerrar a possibilidade de reeleição na mesa diretora foi um dos assuntos defendidos pelo prefeito em janeiro. A alteração foi condicionada ao apoio do Executivo à candidatura de Sidão à presidência. O tema, no entanto, ficou esquecido nesses oito meses.

Sidão comandou o Legislativo no biênio de 2011/2012 e, após ser reeleito vereador, garantiu permanência na presidência para o período 2013/2014. Pelas regras atuais, o socialista poderia se manter no posto. Nos bastidores, o presidente já se movimentava para garantir manutenção no cargo.




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