A administração petista de Mauá entrou de paraquedas no debate acalorado realizado no domingo entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), na Rede Bandeirantes. Em dado momento da intensa troca de acusações entre os dois políticos, e após ser duramente criticado por Dilma por conta do recente histórico de apoio a privatizações, Serra tratou logo de colocar Oswaldo Dias no meio do ringue. Pois bem. O atual prefeito - que também governou Mauá por duas ocasiões, entre 1997 e 2004 - foi lembrado por ter privatizado o saneamento da cidade.

Isso é verdade. Serra só esqueceu de dizer que isso deu enorme dor de cabeça para o petista. Em 2003, Oswaldo entregou o comando do setor para a Ecosama, então dirigida por Zuleido Veras, que chegou a ser preso pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Por conta disso, a companhia chegou a ter as contas bloqueadas. Em 2008, a empresa foi comprada pelo Odebrecht, que mudou o nome da concessionária para Foz do Brasil. E Oswaldo bem que achou que esse assunto era coisa do passado...

Libera a venda aí...
Por falar em Oswaldo Dias, o prefeito de Mauá não conseguiu fazer com que a base aliada aprovasse ontem projeto de sua autoria, que liberava o Executivo a vender sete imóveis públicos, que somam mais de 100 mil m², e que poderiam render os cofres do governo R$ 27 milhões. O problema é que a proposta ainda não tinha assinatura do vereador Cincinato Freire (PSDC), que integra a Comissão de Finanças e Orçamento da Casa. Como ele só apareceu após o início da leitura da ordem do dia, o projeto não pôde entrar na pauta. Esse atraso custou caro, hein, prefeito?

Mauá está rosa
Ainda falando sobre a Câmara de Mauá, a sede do Legislativo é o mais recente prédio público a entrar na campanha contra o câncer de mama e aderir ao Outubro Rosa. Desde ontem, a fachada da Casa de Leis está iluminada de rosa e ficará assim até o fim do mês. Outro local que também mudou a cor da fachada é a Prefeitura de Santo André. "O câncer traz muito sofrimento tanto para o doente quanto para os familiares", disse o presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), que, coincidência ou não, também estava vestido com roupa de cor rosa ontem.

O que eu faço agora?
Onze dias após o primeiro turno, a pergunta que se faz em muitas cidades do Grande ABC, com o resultado das urnas, e principalmente por quem não conseguiu o objetivo de assegurar cadeira na Assembleia ou na Câmara, é apenas uma: será que existe alguma possibilidade de voltarem a ocupar cargos nos governos municipais que exerciam antes de deixar os postos para disputar a eleição? Na maioria dos casos, não houve nenhuma sinalização de que a cadeira será devolvida. Só o tempo e as discussões sobre 2012 poderão dizer ser terão de volta os empregos...