Márcio Bernardes Titulo
Muitas emoções na final

O destino reservou a felicidade para uma equipe quase octogenária, mas sem tradição internacional

Por Especial para o Diário
04/07/2008 | 00:00
Compartilhar notícia


O destino reservou a felicidade para uma equipe quase octogenária, mas sem tradição internacional. A LDU calou mais de 80 mil torcedores no Maracanã e milhões pelo Brasil.

Foi um belo jogo. O Fluminense esteve melhor no tempo regulamentar. E o adversário mostrou mais competência e sorte nos pênaltis.

A arbitragem foi uma lástima. Não marcou um pênalti em Washington e anulou um lance legítimo de Cícero, pilhado em impedimento, mas em condições normais. E invalidou um gol de Cláudio Bieler.

Como disse o técnico argentino Edgardo Bauza: uma equipe como a sua, sem tradição no futebol, tem de atravessar um penoso caminho e enfrentar muitas turbulências para ganhar uma Libertadores.

Outra coisa negativa foi o número de penetras no Maracanã. Registraram 78.918 pagantes e um público total de 86.027 espectadores. Apesar da renda de quase R$ 4 milhões, não é fácil fazer futebol profissional com tanta gente entrando de graça.

O FUTURO DE DUNGA
Ricardo Teixeira está convicto que Dunga não tem condições de dirigir o Brasil na Copa da África. E ele não tomou nenhuma atitude até agora porque seria, no mínimo, chamado de incoerente.

Desde que assumiu a seleção, o desempenho do treinador é positivo. Além disso, a conquista da Copa América o consolidou momentaneamente no emprego. Os últimos jogos amistosos nos Estados Unidos e contra Paraguai e Argentina, pelas Eliminatórias, mostraram ao País várias coisas. Entre elas que falta experiência ao treinador para comandar uma camisa pentacampeã num Mundial.

O maior culpado da chegada de Dunga ao comando da seleção é o próprio Ricardo Teixeira. Hoje ele está arrependido de não ter convidado o seu preferido, Vanderlei Luxemburgo. Aliás, o técnico do Palmeiras não continuou na CBF porque se meteu em tantas confusões fiscais, tributárias, pessoais e morais que não havia como mantê-lo no cargo.

A recente atitude do Presidente da CBF, que chamou a Globo e convocou Ronaldinho sem anuência do técnico, comprovou que Dunga está fragilizado. Se tivesse personalidade, como imaginávamos, teria pedido demissão. Como não fez isso acabou se enfraquecendo ainda mais. Resta uma última carta para o treinador: vencer a Olimpíada.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. Site: www.marciobernardes.com.br




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;