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São Caetano mantém estratégia na apelação e sugere novas Leis
Divanei Guazzelli
Enviado ao Rio
08/12/2004 | 11:06
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O advogado João Zanforlin, que defende o São Caetano no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), no caso da morte do jogador Serginho, pediu a modificação de Leis Esportivas para que os profissionais possam ser submetidos a exames clínicos periódicos. O argumento do advogado vai ao encontro à linha de defesa adotada no julgamento em primeira instância, no Tribunal, que só terminou na madrugada desta terça com a derrota unânime do São Caetano por 4 votos a 0. Embora caiba recursos no Tribunal Pleno, o que deve acontecer até esta quinta, o clube está momentaneamente com 24 pontos a menos, num total de 53, o que o fez cair da 4ªposição para a 15ª. "Acho que a legislação precisa ser modificada, com exigências para que os jogadores façam exames periódicos, pois até agora nada constava nesse sentido e, por isso, a pena imposta ao São Caetano foi injusta", disse Zanforlin.

Além do clube do Grande ABC, o presidente Nairo Ferreira de Souza foi suspenso por 720 dias e o médico Paulo Forte, por 1.440 dias. Durante toda a defesa, o advogado sustentou que o São Caetano não podia ser incurso no artigo 214 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). "Vamos agora para o Tribunal Pleno provar que a nossa argumentação é totalmente válida, tanto que não há notícia de caso semelhante a esse", assegurou.

Zanforlin preferiu evitar comentários sobre uma possível ação do São Caetano na Justiça Comum, caso ocorra nova derrota no Tribunal. "Meu trabalho é somente na parte esportiva. Com relação a uma eventual ação na Justiça Comum, caberá ao clube decidir após novo julgamento no STJD". O recurso do São Caetano deverá ser julgado na segunda ou terça-feira da próxima semana, pois o presidente do STJD, Luiz Zveiter, quer encerrar todas as pendências relacionadas ao Campeonato Brasileiro até o dia 16, 72 horas antes da última rodada. O julgamento no Tribunal Pleno será feito por nove auditores, provavelmente sobre a presidência do próprio Zveiter. Em primeira instância, segunda-feira, o seu filho Flávio não integrou a comissão disciplinar. Por isso, o presidente do órgão poderá fazer parte da sessão decisiva da próxima semana.




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