“Quase toda a gente com mais de 15 ou 17 anos de Nações Unidas via nessas pessoas um futuro muito promissor, por conta de sua abnegação e trabalho a serviço da humanidade. Infelizmente, a vida deles foi ceifada de uma forma tão cruel e tão bárbara que ninguém vai esquecer aquela data”, declarou Carlos dos Santos, diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, segundo a Radiobras.
Sérgio Vieira de Mello, na opinião de Carlos dos Santos, foi um exemplo de abnegação, "um homem de trabalho, silencioso, mas com uma maneira de pensar que o tornou um colega especial, que se doava sem esperar nada em troca – alguém que buscava aliviar o sofrimento humano por onde passava".
Após o incidente, a ONU se retirou do Iraque. Nesse país, Vieira de Mello buscava o diálogo. "Ele sabia que aquela era uma sociedade milenar e com tradições muito profundas, dizia que não ia ensinar nada aos iraquianos. Apenas trabalharia com eles para reduzir o tempo de ocupação norte-americana e inglesa no país", contou o diretor.
Nomeado para o cargo no Iraque pelo secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, em maio de 2003, o brasileiro era funcionário da ONU desde 1969. Atuou pela organização na ajuda aos refugiados no Paquistão, Sudão, Líbano, Kosovo, Bósnia e Camboja. Além disso, foi destaque como administrador interino da ONU em Timor Leste, entre 1999 e 2002. O atentado de agosto de 2003 foi cometido por um motorista suicida, que detonou um caminhão com explosivos em frente ao hotel onde funcionava o quartel-general da ONU em Bagdá. Em homenagem ao brasileiro e às outras vítimas do atentado, a ONU também promoverá cerimônias nesta quinta-feira, em Nova York, Genebra e Amã.
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