Os recursos da Basf serão aplicados na manutenção das unidades de recebimento de embalagens vazias, estruturação da operação de logística, incineração, desenvolvimento de novas tecnologias e ações educativas para revendedores e agricultores. Segundo Roberto Araújo, gerente de Segurança de Produtos da empresa, o aumento do montante visa a encontrar soluções para garantir a saúde do trabalhador do campo e o respeito ao meio ambiente, além de recolher e dar o destino adequado às embalagens.
Pelo sexto ano, a companhia desenvolve o Programa EPI da Basf, que superou a marca de 160 mil kits comercializados com vestimentas de proteção para aplicadores de defensivos agrícolas em todo o país.
Dentro do programa, a empresa tem estimulado a produção de big bags (embalagens de resgate) a preço de custo para seus canais de distribuição. Em 2003 foram comercializadas 65 mil unidades. O objetivo é facilitar a devolução de embalagens flexíveis vazias pelos agricultores oferecendo segurança durante as etapas de armazenamento e transporte.
"Somos referência internacional nessa área, pois, além da quantidade crescente de embalagens recolhidas, gastamos em média apenas US$ 0,84 para cada quilo recolhido, enquanto o custo nos EUA e França chega a US$ 3", afirmou Araújo.
Polibutenos - Em função da fiscalização e da legislação, as empresas dos setores químico e petroquímico têm adotado procedimentos para se adequar aos padrões de descarte de embalagens. Na Recap (Refinaria de Capuava), a maioria dos produtos químicos recebidos pela companhia são acondicionados em tambores plásticos. Segundo o técnico de Segurança da Recap, Antonio Clemente Bezerra, no ato da compra do produto é negociada a devolução da embalagem pelo fornecedor.
Depois de utilizar o produto, a embalagem vazia permanece armazenada em galpão especial até a retirada pelo fornecedor, em geral em um prazo de 30 dias. A Recap recebe mensalmente 16 big bags (neste caso, sacos plásticos de 500 litros), 14 tambores metálicos com material contaminado para tratamento de água e derivados de petróleo, e três tambores de hipoclorito de sódio.
Na Polibutenos, a matéria-prima produzida pela companhia não é classificada como tóxica pela ONU (Organização das Nações Unidas), mas a empresa recebe cloreto de alumínio, produto químico que é embalado em tambores plásticos de 200 litros. Depois de vazios, os tambores são empilhados numa área de 50 m². Outro produto químico, o cloro, que chega em caminhões, é usado no processo de neutralização e, depois, descartado.
Para o descarte de efluentes líquidos, as empresas também têm um programa especial. A Recap, que fornece água industrial para as empresas do Pólo, têm duas estações de tratamento que transformam os efluentes em líquidos possíveis de serem devolvidos ao esgoto. Segundo o consultor ambiental Pinheiro Pedro, a legislação sobre embalamento de químicos tóxicos e agrotóxicos tende a ser cada vez mais restritiva.
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