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Provas de Powell são frágeis, diz especialista brasileiro
Da AFP
06/02/2003 | 11:37
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As provas apresentadas pelo secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, de que o Iraque estaria se preparando para produzir armas nucleares são frágeis, afirmou o contra-almirante Othon Pinheiro, que durante 20 anos foi responsável pelo programa nuclear do Brasil.

Segundo o especialista, Powell mencionou em um discurso no Conselho de Segurança da ONU a descoberta de cilindros de alumínio que poderiam ser utilizados para o desenvolvimento de armas nucleares, mas semelhante tecnologia é "pré-histórica".

Cilindros desse tipo são utilizados para a construção de centrífugas, embora os modelos de alumínio estejam fora de uso há pelo menos vinte anos, disse Pinheiro à agência de notícias Estado.

"Lembro que o Brasil comprou dois equipamentos com rotores de alumínio para efeito de estudo, há vinte anos, no início do programa nuclear brasileiro, e já então eram equipamentos pré-históricos", disse.

Ele ironizou a possibilidade de um país estar usando esses cilindros nos dias atuais em um programa nuclear. "Isso é da época de Maomé, algo impensável na atualidade".




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