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Al Qaeda mutila soldados dos EUA como retaliação a estupro de iraquiana
Por Da AFP
10/07/2006 | 22:16
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O braço da rede Al Qaeda no Iraque divulgou nesta segunda-feira na Internet um vídeo que mostra corpos mutilados de dois soldados americanos seqüestrados em junho e executados como "vingança" pelo estupro de uma iraquiana perto de Mahmudiyah, ao sul de Bagdá.

"Aqui está um filme sobre os restos dos corpos dos dois soldados americanos seqüestrados perto de Yussufiyah (ao sul de Bagdá). Nós o mostramos para vingar nossa irmã que foi estuprada por um soldado pertencente à mesma divisão destes dois soldados", escreve o Conselho Al-Chura dos Mujahedines, uma aliança dos grupos armados sunitas no Iraque, dominada pela Al Qaeda.

"Assim que, na época, os leões da unicidade souberam (do estupro da jovem iraquiana), eles reprimiram seus suspiros para evitar que o caso se espalhasse, mas juraram vingar sua irmã", acrescenta o Conselho, em nota divulgada no site.

"Graças a Deus, eles conseguiram capturar dois soldados da mesma divisão deste cruzado infecto. Aqui estão seus restos,  para alegrar os corações dos fiéis", conclui o Conselho.

O vídeo, que dura cerca de cinco minutos, mostra os corpos dos dois soldados atrozmente mutilados, depois de terem sido degolados. A cabeça de um deles, completamente separada do corpo, é exibida como um troféu por um homem armado. A outra, suplicante, é esmagada com os pés por um outro homem, também armado.

Uma adolescente iraquiana de 15 anos foi estuprada e morta, junto com três membros de sua família, em meados de março, perto de Mahmudiyah. O soldado americano Steven Green, estacionado na área por ocasião dos fatos, foi acusado de estupro e assassinato em 3 de julho.

Steven Green foi reformado por "problemas de personalidade", após 11 meses de serviço.

Na última quinta-feira, Green se declarou inocente em um tribunal de Louisville (Kentucky). Se for considerado culpado, o ex-soldado do 502º regimento de Infantaria da 101ª Divisão do Exército americano pode ser condenado à pena de morte pelos assassinatos e à prisão perpétua pelo estupro.

O vídeo divulgado hoje contém trechos de antigos discursos do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, e do ex-chefe do braço iraquiano da rede Abu Mussab al-Zarqawi, morto em 7 de junho pelo Exército americano.



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