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Frank busca apoio
para se manter vice
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
10/09/2011 | 07:08
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Após ponderar sobre sua permanência ao lado do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), nas eleições do ano que vem, o vice-prefeito e secretário de Cultura, Frank Aguiar (PTB), mudou o discurso e busca conversa com partidos aliados para se manter vivo na disputa.

O petebista ressaltou que falou com prefeito sobre sua permanência e a ordem dada pelo petista foi clara. "Ele (Marinho) acena que me quer e me manda ir para a rua para dizer que eu também quero. Não adianta só ele falar", contou. Publicamente, o chefe do Executivo limita-se a dizer que seu vice tem condição para permanecer na função.

Frank reiterou que tem desejo de concorrer na chapa de reeleição e por isso tem articulado seu nome junto aos governistas. "O Marinho me disse que o partido dele não é problema, pois não tenho rejeição e eles (petistas) me querem. Mas nós somos mais de 15 partidos. É preciso mostrar que você quer", declarou.

Nessa empreitada, o vice elegeu dois principais adversários: o deputado estadual Alex Manente (PPS) e o PMDB. No entanto, a construção com o parlamentar se inviabiliza cada dia que passa. Na semana passada, o 4º Congresso Nacional do PT aprovou resolução que proíbe petistas de se aliar ao PPS.

"Nosso governo está aberto para o PPS, mas não dando a vice. O Marinho já fez questão de falar isso para ele (Alex), inclusive. Não posso falar pelo Marinho, mas, pelo que escutei, essa possibilidade não existe. Nem os partidos aliados iriam aceitar essa história toda", analisou Frank.

Além disso, diversos episódios desgastaram o relacionamento entre o prefeito e o deputado, que declinou apoio ao petista no segundo turno do pleito de 2008.

Com o PMDB, o tom é mais amistoso. O vereador Tunico Vieira (PMDB) articula sua candidatura ao Paço. Mas conforme adiantado pelo Diário, caciques de PT e PMDB já fecharam parceria via Brasília. Os peemedebistas devem angariar espaço na chapa ao lado de Marinho.

O fato de o casamento entre PT e PMDB andar bem no âmbito nacional não preocupa Frank, que admitiu não ter estratégia firmada para tentar angariar apoio dos peemedebistas. "Estamos conversando e vamos chegar num consenso lá na frente."

Ao definir seus principais adversários na corrida pela vice, o petebista desconsiderou Maurício Soares (PT), secretário de Governo e peça-chave no governo Marinho. Especula-se nos bastidores que o ex-prefeito estaria de olho na vaga. "É natural. Se eu tivesse uma Prefeitura dessa, queria que ela fosse do partido e alguns integrantes do PT também desejam", ressaltou.

Entretanto, a chapa pura, na visão de Frank, é algo difícil de ocorrer. "Todos compreendem que o PT tem de ter aliado. Como o Lula fez (em 2001, na pré-campanha à Presidência). Acho que é agressivo. Mais de 15 partidos e tudo para um só. Isso não é legal", avaliou o vice.

Mais uma vez, o petebista relembrou que abdicou do mandato de deputado federal para apoiar Marinho. "No melhor momento eu abri mão para apoiar o PT, quando eles mais precisaram. Tenho consciência que dei minha contribuição", avisou.




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