A nova fórmula do próximo Campeonato de São Paulo agradou a maioria. O que ninguém falou é que com as quartas de final como novidade o principal objetivo foi faturar um pouco mais.
A televisão também endossou a mudança, porque o confronto de mata-mata empolga muita gente e aumenta a audiência. Vale dizer que não teremos os jogos de ida e volta. Será apenas uma partida na segunda e terceira fases. Não há mais datas!
Em síntese, serão 19 jogos entre os 20 clubes, em apenas um turno. Oito vão se classificar às quartas. Serão quatro jogos e mais duas semifinais. A final sim terá dois jogos.

DESATINOS
No fim da década de 1990 o Felipão brigou comigo. Ele não gostou de um comentário que fiz sobre ele na TV Gazeta e parou de responder às perguntas dos repórteres da emissora nas coletivas.
O técnico do Palmeiras é um lobo vestido em pele de cordeiro. Não gosta de críticas e trata com desrespeito os repórteres que lhe fazem perguntas indigestas.
O tempo passou, ele foi campeão do mundo, ficou trilionário em Portugal, na Inglaterra e no Usbequistão, apesar do fracasso do seu trabalho e recentemente voltou ao Brasil.
Cheguei a pensar que ele havia mudado. O tempo passa, a gente adquire experiência e passa a relevar série de coisas.
Além disso, percebe que não vale a pena ficar a todo o momento dando murro em ponta de faca.
Domingo, depois da justa derrota para o Corinthians, ele proferiu palavrões e impropérios na entrevista coletiva.
Na quarta, depois do jogo contra o Atlético-MG, não gostou de algumas corretas perguntas sobre Valdivia e revoltou-se com os repórteres, ofendendo-os e discriminando-os.
É lamentável que um profissional como Felipão haja desta forma. Nada contribui, pelo contrário, com o aprimoramento das relações humanas.
Percebe-se claramente que a vida pouco lhe ensinou. Perguntas, indigestas ou não de repórteres, fazem parte do ofício. As respostas podem ser oferecidas de várias formas. Todas devem vir com polidez e educação.
A diretoria do Palmeiras não pode compactuar com isso. Precisa chamar seu treinador e exigir moderação. Afinal, ele fala pela instituição.