"Este ano é o Lula que está liderando. Já vendi 15 mil máscaras do novo Lula, com cabelos brancos e sorridente", afirmou Armando Valles, proprietário de uma das maiores fábricas de máscaras do país.

"Na primeira máscara que fabriquei do Lula, em 1989, ele tinha os cabelos mais negros e um ar mal-humorado de sindicalista", recordou o escultor catalão de 77 anos, que chegou ao Rio de Janeiro nos anos 50 para fazer modelos de bonecos em uma fábrica de brinquedos.

As máscaras mais simples de Lula, de plástico, custam R$ 1,30 e as mais sofisticadas, de borracha e cabelo de lã, R$ 6,00.

Em segundo lugar na preferência estão as máscaras de Saddam Hussein, seguidas pela de George W. Bush.

"A máscara do terrorista saudita Osama bin Laden ainda vende, mas está longe dos recordes alcançados no carnaval de 2002, depois dos atentados de 11 de setembro", explica Valles.

Curiosamente, segundo o artista, a máscara de King Kong continua sendo muito solicitada depois de mais de 20 anos. "Não só a máscara, os pés enormes e as mãos de borracha, como toda a fantasia", acrescenta.

Nas paredes desta pequena fábrica artesanal de Niterói estão expostas dezenas de máscaras dos mais diversos tipos: bruxas, diabos, monstros e personagens da moda, como vampiros, em função da novela "O beijo do vampiro", ou do rosto distorcido de fantasma que ficou famoso com os filme da série "Pânico".

No entanto, as tradicionais máscaras de "Clóvis" ainda são muito populares, principalmente nos subúrbios do Rio.