Para Swami Agnivesh, que se mostrou consternado pelo crime, as mortes são "uma evidência suficiente para que a comunidade internacional tome consciência de que essa prática (de condições subumanas de trabalho) continua existindo em várias partes do mundo", disse.
"Lamentavelmente muita gente ainda não é consciente que a escravidão segue ultrajando a dignidade humana", assinalou Agnivesh, que preside um grupo de cinco especialistas do fundo, criado em 1991. A afirmação foi feita após ele receber a informação de que as denúncias investigadas pelos fiscais eram de pessoas obrigadas a trabalhar 18 horas por dia.
Agnivesh, que trabalhou por 35 anos contra a escravidão em seu país, afirmou que essa prática é largamente empregada na África, Ásia, América Latina e Europa oriental. Segundo ele, estima-se que no mundo há 250 milhões de crianças escravas e que só em seu país, o segundo mais povoado do mundo, existem entre 80 e 100 milhões de menores com idades entre 6 a 14 anos vítimas desse abuso.
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